O Papa Francisco deu três dicas a um grupo de profissionais da empresa multinacional de auditorias Deloitte, que emprega 350 mil pessoas. Recebendo uma equipe da empresa em audiência no Vaticano, Francisco observou que "a humanidade está globalizada e interconectada, mas a pobreza, a injustiça e a desigualdade persistem".
Diante disso, convidou-os a refletir sobre as condições necessárias para ajudar a "corrigir o rumo" da humanidade. Em seguida, sugeriu três meios:
1 | "Manter viva a consciência de que você pode deixar a sua marca". Para isso, recomendou que os profissionais se perguntem "que tipo de mundo queremos deixar para nossos filhos e netos". E comentou: "Isso dá à sua organização e a cada um de vocês a capacidade de orientar escolhas, influenciar critérios, avaliar prioridades".
2 | Exercer a responsabilidade cultural, que, segundo o Papa, "decorre da riqueza de inteligência e conexões que vocês têm à disposição". Ele explicou: "Por responsabilidade cultural, entendo duas coisas: garantir uma qualidade profissional adequada e também uma qualidade antropológica e ética que lhe permita sugerir respostas coerentes com a visão evangélica da economia e da sociedade, ou seja, com a Doutrina Social Católica".
3 | Valorizar a diversidade e integrá-la, especialmente no atual "contexto difícil e incerto". O Papa exortou os profissionais a "apresentar suas análises e propostas de acordo com uma visão integral: de fato, o trabalho digno das pessoas, o cuidado da casa comum, o valor econômico e social, o impacto positivo nas comunidades, são realidades interligadas".
Francisco finalizou o encontro incentivando os profissionais presentes a "cooperar na reorientação do modo de ser deste nosso planeta, que nós deixamos doente no clima e na desigualdade".