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Qual é a diferença entre “demissão silenciosa” e estabelecer limites?

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Theresa Civantos Barber - publicado em 06/10/22
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Qual é a resposta cristã à tendência viral de "desistir silenciosamente" de um trabalho que não é óptimo para si?

Já ouviu falar de "demissão silenciosa"? Refere-se a já não ir muito para além do trabalho, mas simplesmente satisfazer os requisitos básicos da sua função e das suas atribuições.

A ideia propagou-se viralmente nas redes sociais e está a tornar-se incrivelmente comum. O Instituto Gallup avalia que os "demitidos silenciosos" constituem pelo menos 50% da força de trabalho dos Estados Unidos.

O fenômeno dos "demitidos silenciosos" é totalmente geracional, e eu acho-o fascinante.

Recentemente falei com alguns amigos dos meus pais sobre isso, e eles ficaram horrorizados. "O que aconteceu com o 'dar o máximo de si?'" – perguntaram eles.

Mas a conversa foi diferente com amigos da minha idade. Muitos jovens adultos sentem-se presos em empregos sem saída que carecem de potencial de crescimento e onde a gerência toma os seus melhores esforços como garantidos.

Nestas situações, "desistir calmamente" não parece ser nada mau. Parece ser um antídoto necessário para o vandalismo no trabalho. Parece uma forma de estabelecer limites razoáveis e de recuperar um equilíbrio saudável entre a vida profissional e familiar.

Então qual é a resposta cristã à "demissão silenciosa"?

Como podemos saber se é adequada à nossa situação?

Como cristãos, somos chamados tanto a dar os nossos melhores esforços ao nosso trabalho, como também a reservar tempo para um verdadeiro descanso.

O Catecismo chama-nos a unir o nosso trabalho com a obra de redenção de Cristo:

São João Bosco lembra-nos também que "o trabalho diário, realizado de forma regular e consciente, é um trampolim certo para a santidade".

Ao mesmo tempo, o lazer repousante é uma parte importante do ritmo da vida humana, e a Igreja exorta-nos a proteger este tempo. O Catecismo diz,

Vivendo tanto o trabalho dedicado como o descanso atencioso, podemos descobrir se a "demissão silenciosa" é um descuido ou um passo necessário para recuperar a saúde e o bem-estar em determinada situação. A prudência é necessária para discernir.

Não tem a certeza se é a escolha certa para si? Aqui estão algumas perguntas a fazer a si próprio.

    Esperemos que estas perguntas o ajudem a perceber se "desistir silenciosamente" faz sentido para a sua situação particular.

    E quando em dúvida, recorra à oração e a um conselheiro espiritual de confiança. Deus esclarece-nos tantas vezes as coisas quando Lhe perguntamos perante o Santíssimo Sacramento!

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