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Ditadura da Nicarágua prende mais um padre ilegalmente

MANAGUA, NICARAGUA
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Pablo Cesio - Francisco Vêneto - publicado em 17/10/22
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O pe. Enrique Martínez Gamboa havia feito uma retumbante crítica ao casal ditatorial em 2018

A ditadura da Nicarágua prendeu mais um padre ilegalmente: trata-se do pe. Enrique Martínez Gamboa, pároco da Paróquia de Santa Martha, na capital, Manágua.

Quem denuncia a sua prisão arbitrária é outro sacerdote, atualmente no exílio: o padre Uriel Vallejos, atualmente no exílio, que, via Twitter, exigiu "a libertação e o fim da perseguição contra a Igreja e o clero" no país controlado pelo ex-guerrilheiro esquerdista Daniel Ortega e sua mulher e vice-presidente Rosario Murillo.

De acordo com veículos locais de imprensa, como o jornal Confidencial, o que está sendo descrito como "sequestro" do sacerdote pelo regime de Ortega teria ocorrido na tarde da última quinta-feira, 13 de outubro, quando o padre estava em casa de parentes na capital, onde residia. Com base em fontes eclesiásticas, a mídia nicaraguense acrescenta que o sacerdote foi levado ao presídio de El Chipote, conhecido no país como um centro de torturas. Também se destaca o fato de que não há motivo oficial nenhum para a prisão do padre.

O pe. Enrique havia feito um discurso emblemático ao final de um dos protestos populares de maio de 2018, quando policiais e paramilitares alinhados ao regime de Ortega atacaram a multidão e deixando vários feridos. Na ocasião, o sacerdote declarou:

A denúncia da prisão arbitrária de mais um padre na Nicarágua vem num momento de grande intensificação das tensões do regime com a Igreja Católica, acusada por Ortega há poucos dias, hipocritamente, de ser uma "ditadura perfeita".

Em paralelo, prosseguem as incertezas sobre a situação do bispo da diocese de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, em prisão domiciliar há mais de dois meses, depois de ter sofrido um cerco policial de duas semanas em plena cúria episcopal. Padres, seminaristas e um leigo que o acompanhavam durante o cerco também foram presos, sob a acusação genérica e sem provas ​​de "conspiração" e "propagação de notícias falsas" - aliás, esse tipo de acusação tem sido uma das mais recorrentes artimanhas jurídicas da esquerda, dentro e fora da Nicarágua.

A partir de artigo de Pablo Cesio para Aleteia em espanhol

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