A Suprema Corte do México pode vir a proibir as imagens de Nossa Senhora de Guadalupe em áreas públicas do país, denunciou Rodrigo Iván Cortés, presidente da Frente Nacional pela Família.
Em declarações à agência católica de notícias ACI Prensa, ele comentou as consequências do projeto que será votado pela Suprema Corte em 9 de novembro:
A eventual proibição se estenderia a quaisquer outras devoções, por mais profundas que sejam entre os cidadãos do país supostamente democrático. Este é o caso, por exemplo, da devoção a São Judas Tadeu, a quem milhares de mexicanos dedicam altares e imagens.
Até os presépios sofreriam os efeitos dessa restrição, que afronta os direitos mais básicos à liberdade de religião e de expressão. De fato, a decisão que a Suprema Corte deverá ditar neste dia 9 diz respeito a um pedido de proibição de "objetos decorativos alusivos ao 'nascimento de Jesus Cristo' nos meses de dezembro e janeiro" em espaços públicos.
O processo é contra um município do estado de Yucatán, mas, caso a Suprema Corte tome uma decisão favorável à proibição, ela poderá ser imposta ao restante do país.
O pedido a ser julgado quer que o município de Chocholá "se abstenha de colocar em espaços públicos sinais que aludam a uma convicção religiosa específica", além de vetar que a prefeitura empregue recursos públicos para expor tais símbolos.
Segundo Rodrigo Iván Cortés, a proibição agrediria "a liberdade religiosa de uma parte muito grande do povo mexicano".