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Qual é o dialeto italiano que o Papa Francisco aprendeu em casa na infância?

Papa Francisco na infância

Papa Francisco na infância, em imagem sem data fornecida pela família Bergoglio

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Francisco Vêneto - publicado em 21/11/22
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"É fundamental manter viva a relação com as nossas raízes, para o nosso crescimento cultural e social e também para o desenvolvimento da nossa personalidade"

O Papa Francisco aprendeu um dialeto italiano em sua casa durante a infância, conforme ele próprio contou em algumas oportunidades.

O assunto voltou à tona por ocasião da visita que ele fez ao norte da Itália neste fim de semana para celebrar os 90 anos de idade da prima Carla Rabezzana.

O dialeto que o Papa aprendeu quando menino é o piemontês, que conta hoje com cerca de 2 milhões de falantes. Com as suas muitas variações regionais, como ocorre em praticamente todos os dialetos da Itália, o piemontês é falado não apenas no Piemonte, mas também em partes das regiões vizinhas, como a Ligúria.

Embora tenha nascido na Argentina, o Papa Francisco relata que o dialeto piemontês foi a "sua língua" desde que ele tinha 13 meses, ou seja, desde quando estava aprendendo a falar.

Nessa época, sua mãe teve o segundo filho e, como os avós "moravam a 30 metros de nossa casa", era muito comum que a avó fosse buscá-lo para ajudar a cuidar dele:

"Minha avó vinha me buscar e eu ficava com eles falando piemontês. Pode-se dizer que 'acordei para a vida' em piemontês".

O Papa acrescenta:

"Muitas vezes repito mentalmente dois poemas do [poeta piemontês] Nino Costa. E isso me comove".

Os poemas a que Francisco se refere são a Oração a Nossa Senhora Consolata e "Rassa Nostra" (nossa raça). Ele aprendeu os dois com a avó.

No contexto da visita familiar, o Papa aproveitou para destacar novamente a importância do legado e das tradições culturais e familiares.

"As raízes são fundamentais em dois aspectos. O primeiro é cultural: nunca esquecer e negar as próprias raízes culturais. O segundo é familiar: devemos sempre cuidar e valorizar as nossas raízes familiares, principalmente as dos nossos avós. Acho que os jovens devem conversar o máximo possível com os avós, manter firmes as suas raízes, para não ficar parados sem olhar para o mundo. Os avós podem nos ajudar a encontrar a inspiração para seguirmos em frente e chegarmos longe. Mas se a árvore se desprende das raízes, ela não cresce: seca, morre".

Francisco concluiu:

"É fundamental manter viva a relação com as nossas raízes, para o nosso crescimento cultural e social e também para o desenvolvimento da nossa personalidade".

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