O grupo ativista PETA, que se apresenta como defensor dos direitos dos animais, enviou uma carta ao Papa Francisco pedindo que ele excomungue os católicos que comem carne.
Segundo o site da organização, a solicitação foi remetida ao pontífice neste último dia 9 de novembro. O texto pede que o Papa torne obrigatórias as "sextas-feiras sem carne", incluindo a carne de peixes, e que, por consequência, decrete a excomunhão dos católicos que comem animais.
A alegação do grupo é a proteção do meio ambiente, uma vez que, a seu ver, "ninguém deve comer carne quando a saúde do planeta e o futuro da vida estão em jogo".
Os ativistas reforçam esperar que o Papa "dê a todos os seus seguidores uma razão para se tornarem veganos".
O Código de Direito Canônico, no seu cânon 1251, já determina que, toda sexta-feira, os católicos observem a abstinência de carnes ou de outros alimentos determinados pela respectiva Conferência Episcopal, com exceção das sextas-feiras que coincidam com uma solenidade litúrgica. Para este efeito, o peixe não é considerado como "carne". Cabe reforçar que a regra é válida para o ano inteiro e não apenas para a Quaresma.
Entretanto, não cabe a excomunhão para quem a descumpre.
A impertinência da questão se junta a outras mostras de radicalismo dos ativistas do PETA, como a proposta, defendida pela sua franquia alemã, de que os homens que comem carne sejam punidos mediante a proibição de manterem relações sexuais, uma vez que, segundo os militantes, o ato de comer carne poderia ser um "sintoma de masculinidade tóxica".