São João Paulo II não tomava decisões doutrinais sem consultar o cardeal Joseph Ratzinger, então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e, posteriormente, pontífice com o nome de Bento XVI.
Quem dá esse testemunho poderoso sobre a grande autoridade doutrinal do recentemente falecido Papa Bento XVI é o próprio ex-secretário pessoal de João Paulo II, o cardeal Stanislaw Dziwisz, arcebispo emérito de Cracóvia.
Mediante comunicado neste último sábado, 31 de dezembro, data do falecimento do Papa Bento, o cardeal polonês afirmou:
"O Santo Padre (João Paulo II) não tomou nenhuma decisão doutrinária sem consultar o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que é também um dos teólogos mais destacados do nosso tempo".
Confira mais declarações do cardeal Dziwisz sobre a grande amizade entre Wojtyla e Ratzinger e sobre a personalidade admirável do Papa alemão:
"Suas personalidades, sua espiritualidade e suas extraordinárias qualidades de mente e coração se complementaram, dando frutos abundantes para o bem da Igreja".
"A fidelidade, o respeito mútuo e a cooperação destes dois homens da Igreja foram, sem dúvida, uma edificação para o povo de Deus, sacerdotes, bispos e pessoas consagradas".
"Posso dizer hoje que ele [Bento XVI] era meu amigo, e considero isto uma grande honra. Já como Papa, nos primeiros meses de seu pontificado, Bento XVI me nomeou arcebispo metropolitano de Cracóvia e depois cardeal. Eu experimentei muita amabilidade e bondade dele".
"Tenho gratidão a Deus pelo dom deste grande homem da Igreja, pelo seu serviço pastoral humilde, pela riqueza do ensinamento e pelo testemunho de santidade que ele nos deixou. Agradeço pelo seu amor à nossa pátria, a Polônia, manifestado muitas vezes durante o seu ministério na Sé de Pedro".
