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Mais de 100 religiosos católicos foram sequestrados, presos ou assassinados em 2022

Ditadura da Nicarágua detém bispo de Matagalpa, que é um dos mais de 100 religiosos católicos sequestrados, presos ou mortos em 2022. Em seu caso, o bispo permanece em prisão domiciliar, perseguido pelo regime.

Ditadura da Nicarágua detém bispo de Matagalpa, que é um dos mais de 100 religiosos católicos sequestrados, presos ou mortos em 2022. Em seu caso, o bispo permanece em prisão domiciliar, perseguido pelo regime.

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Francisco Vêneto - publicado em 10/01/23
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Uma das situações mais alarmantes é a da Nigéria, mas a escalada de violência anticatólica também preocupa muito na Nicarágua

Mais de 100 religiosos católicos foram sequestrados, presos ou assassinados em 2022, segundo dados recopilados pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) em seu "Relatório sobre os cristãos oprimidos por sua fé 2020-2022".

As vítimas de assassinato foram 12 sacerdotes e 5 religiosas. Entre os padrs, 4 foram mortos na Nigéria, 3 no México, por cartéis de narcotráfico, e 2 na República Democrática do Congo. No caso das 5 freiras, foram 2 no Sudão do Sul, 1 no Haiti, 1 em Moçambique e 1 República Democrática do Congo.

Os sequestrados foram 42 sacerdotes e 9 religiosas, todos na África.

Países em situação crítica

Uma das situações mais alarmantes da atualidade é a da Nigéria, mas a escalada de violência anticatólica também preocupa muito na Nicarágua, em pleno continente americano.

Em paralelo, há países que, tragicamente, se tornaram quase "sinônimos" de perseguição anticristã: é o caso da Coreia do Norte, da China e do Afeganistão, para citar apenas três exemplos amplamente conhecidos, entre dezenas.

Na Nicarágua, ao menos 11 padres foram presos ou detidos pela ditadura de Daniel Ortega. Entre eles está o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, atualmente em prisão domiciliar. Neste dia 10 de janeiro, ele terá de comparecer ao tribunal sob a acusação de "ameaça à integridade nacional".

Na Nigéria, os algozes são principalmente os bandos terroristas jihadistas, em particular o Boko Haram, o Estado Islâmico e os extremistas da etnia Fulani, pastores nômades que seguem uma seita islâmica e tentam se apossar de terras cultivadas por cristãos.

A perseguição aos cristãos na Nigéria é hoje o caso mais grave na África, mas está longe de ser o único do continente. É crítica a perseguição aos cristãos em países como, entre outros, Chade, Níger, Mali, Sudão e Burkina Faso. Neste último, por exemplo, 60% do território não pode mais ser alcançado pelas organizações humanitárias porque está sob controle de bandos terroristas. As comunidades cristãs foram deslocadas à força para outras regiões ou para países vizinhos.

O Leste africano continua sofrendo situações muito parecidas, em especial no norte de Moçambique, na devastada Somália, na Eritreia e na região do Tigray, na Etiópia.

O cenário não é melhor em vastas regiões da Ásia, incluindo Paquistão, Índia, Mianmar e os já tristemente "clássicos" Coreia do Norte, China e Afeganistão, países em que se presencia rotineiramente a vexação de comunidades cristãs inteiras, em graus variados de perseguição que vão do fechamento de templos até a detenção forçada. Na ditadura norte-coreana, ainda são regulares as mortes sumárias.

Severíssimas restrições ocorrem também no Iêmen, no Irã, na Arábia Saudita, no Turcomenistão… Confira a lista dos principais lugares de perseguição, bem como as suas causas preponderantes, acessando este artigo:

Em 75% dos 24 países classificados como perseguidores religiosos, a opressão aos cristãos aumentou no último ano, juntamente com a opressão contra todas as minorias religiosas.

Além dos religiosos católicos sequestrados, presos ou assassinados, a ACN aponta que há hoje cerca de 400 milhões de cristãos vivendo em terras de perseguição. Quase 8 mil cristãos foram assassinados entre 2021 e 2022 em decorrência direta de ódio contra a fé cristã.

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