O Papa Francisco recebeu neste último dia 6, festa da Epifania do Senhor, o cardeal Joseph Zen Ze-kiun, perseguido pela ditadura comunista da China. Bispo emérito de Hong Kong, ele foi a Roma com "autorização especial" das autoridades do regime de Pequim, para assistir ao funeral do Papa Emérito Bento XVI.
Um juiz do regime ditatorial concedeu a permissão no dia 3 de janeiro, autorizando o cardeal a deixar Hong Kong por apenas 5 dias. Para isso, foi-lhe devolvido provisoriamente o passaporte, que está confiscado. O cardeal retornou a Hong Kong ainda no dia 7, sábado passado.
Segundo a revista America, dos jesuítas dos Estados Unidos, o Papa o recebeu em audiência privada na Casa Santa Marta na tarde da sexta-feira. O cardeal declarou à publicação que agradeceu a Francisco por ter dado “um bom bispo” a Hong Kong. Trata-se de dom Stephen Chow, S.J., jesuíta, nomeado depois de tensas negociações com as autoridades chinesas, que exercem contínua ingerência na estrutura da Igreja no país.
Sobre o encontro com o Papa, o cardeal afirmou:
"Foi maravilhoso. Ele foi muito caloroso".
O cardeal Zen também relatou a Francisco os trabalhos que fez em presídios chineses ao longo dos últimos dez anos, batizando vários prisioneiros. Francisco ficou "muito feliz" com esse trabalho pastoral, acrescentou o cardeal perseguido pela ditadura chinesa.