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A incrível história por trás do abraço desta menininha em Jesus

Garota de 3 anos abraça o sacrário
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Benito Rodríguez - publicado em 02/03/23
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Com apenas três anos de idade, Olívia vai todos os dias dar seu abraço carinhoso em Jesus no sacrário

Este que vos escreve aproveita muitas manhãs, logo que deixa as filhas na escola, para passar alguns minutos rezando na igreja.

Vou a uma igreja grande e iluminada, com pinturas de estilo bizantino. Nos muitos bancos, alguns pais e mães rezam em silêncio no início do dia. Ao fundo, ouve-se o murmúrio das estantes na sala da secretaria. E eu olho para o sacrário e tento iniciar uma conversa com o Senhor.

Nem sempre é fácil, pois o celular vibra no bolso, uma preocupação me perturba, as inúmeras tarefas do dia vêm à mente. Portanto, é preciso um pouco de esforço para me concentrar, mesmo cerrando os olhos enquanto descanso a cabeça nos punhos.

Correndo para o sacrário

Foi num desses momentos que surgiu uma nova distração. Muito doce. Alguns passos firmes, mas sem correr. E uma voz angelical que foi respondida pelos sussurros de seu pai.

Eu não queria virar a cabeça para trás, de onde vinha o som, para não perder a concentração de novo. Até que começaram a atravessar o corredor em direção ao tabernáculo.

Ouvi uma menininha apontando para a pintura de uma ovelhinha na parede. O pai dela contou-lhe que cena do Evangelho aquilo representava.

Os passos da menina, até então quietos porque ela segurava a mão do pai, de repente se aceleraram. Ela soltou os dedos de seu pai e correu suavemente em direção ao Santíssimo.

O sacrário dessa igreja, de fato, é uma peça especial. Tem um pedestal e fica à direita do altar com sua luz acesa por trás. É alto, como um adulto. Vermelho e laranja até chegar às portas, onde está representado o Pão, que é a chama da Vida. É como um forno que aquece a comida que nos espera para recebê-la. 

Abraço comovente

Eu já havia perdido a concentração; estava curioso para saber o que aquela garotinha iria fazer.

Então, ela subiu os três degraus que ali estão e abraçou o sacrário com muito entusiasmo e com uma ternura incrível! Enquanto abraçava, ela deu um beijo na peça sagrada.  

Menina beija o sacrário, enquanto o pai observa.
Olívia beija o sacrário com muito entusiasmo e ternura.

Orgulhoso, o pai ficou observando o gesto de fé da filha. E não foi um abraço rápido, não. Ela se divertia com o carinho intenso, de amor verdadeiro a Jesus.

Que inveja me deu ver Jesus sendo abraçado assim! Sentia-se claramente que o abraço era recíproco. Que inocência, que autoconfiança e que amor.

"Jesus existe"

Cativado pela pequena Olívia, de três anos, quis conhecer a história de sua família. 

Em frente ao Santíssimo, depois de lhe dar um novo abraço, apontei com o dedo e perguntei: "Quem está aí?" Com um sorriso de orelha a orelha, ele se virou e me disse: "Jesus ". Eu estendi minha mão e ela me deu um high-five o mais forte que conseguiu. Depois, ela foi dar outro abraço em Jesus.

A felicidade de quem sabe a importância de abraçar Jesus.

Incentivo dos pais

Essa prática diária de Olivia não nasceu sozinha. Ela foi incentivada pelos pais. Jaime e Beatriz - pai e mãe de Olívia - têm também um filho de dois anos e um terceiro a caminho. O jovem pai explica como incentiva as crianças a amar a Eucaristia:

"Não fui ensinado com ternura suficiente quando criança. Fui criado numa família católica, mas nem em casa nem na escola (religiosa) me foi transmitida a admiração, o respeito e o amor pelo milagre da Eucaristia. Quero que meus filhos tenham uma abordagem mais natural e sejam capazes desde muito pequenos de ter uma intuição mais profunda do que é este mistério: a grandeza de Deus se fazendo um pedacinho de carne e esperando a cada um de nós no sacrário da igreja."

Deus, o centro da família

Este pai sempre teve fé em Deus. Mas isso não era importante em sua vida. Até que, aos 22 anos, teve um reencontro com o Senhor, que colocou Beatriz - sua esposa - no caminho dele:

"Procuramos criar um lar cristão, talvez com mais cuidado e ênfase do que recebi em casa. Queremos que o Senhor seja o centro de nossas vidas. Tem sido difícil para mim assimilar isso há várias décadas, por isso tento fazer com que nossos filhos experimentem desde a infância”.

Eles cuidam com amor de algumas regras de piedade em casa. "Deus tem que ser o primeiro pensamento ao acordar e todos têm de rezar antes de dormir, rezar juntos, dar graças ao Senhor, meditar na Palavra, abençoar a mesa... e falar muito de Jesus”, explica Jaime.

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