No começo de fevereiro, um tribunal da cidade britânica de Birmingham condenou um homem de 40 anos a pouco mais de um ano de cadeia por ter abusado sexualmente de uma mulher dentro de um banheiro feminino de uma estação de trem, em março de 2022.
Segundo o jornal The Telegraph, Ian Bullock entrou no local e cometeu a agressão. A vítima registrou um boletim de ocorrência e a polícia prendeu o agressor, que, em depoimento, declarou ter entrado no banheiro feminino porque "se sente mulher".
O inspetor Ian Wright, da polícia britânica, declarou sobre o caso da presença desse homem no banheiro feminino, bem como do risco envolvido: "Bullock é um indivíduo perigoso, que trocou de roupa propositalmente naquela manhã para ficar nos banheiros femininos e poder perpetrar esse ataque vil e premeditado à vítima, num espaço em que ela tinha todo o direito de se sentir segura".
Acrescentando que a justiça está "absolutamente determinada" a "erradicar a ofensa sexual da rede ferroviária", o inspetor completou: "Bullock merece todos os dias da sentença de prisão que recebeu".
Discussões complexas
O acesso aos banheiros femininos por parte de pessoas que não nasceram como mulheres biológicas é pauta em muitos países e, em todos os casos, envolve discussões complexas.
Uma das principais controvérsias diz respeito a propostas de lei que obrigariam locais como escolas e igrejas a permitirem o uso de banheiros com base no critério da assim chamada "identidade de gênero" em vez do sexo biológico.
No Brasil, em agosto de 2022, a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte aprovou um projeto de lei que autoriza as igrejas a designarem os seus banheiros por “sexo biológico”, sem precisarem ser obrigadas, portanto, a fazê-lo de acordo com a "identidade de gênero". Recorde o fato: