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As trigêmeas brasileiras que também viraram irmãs na fé

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Maria Gorete, Maria de Lourdes e Maria Aparecida: vocação em família

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Reportagem local - publicado em 17/03/23
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Elas seguiram a mesma vocação e na mesma congregação

Maria Gorete, Maria de Lourdes e Maria Aparecida, de 57 anos, são trigêmeas brasileiras que seguiram um caminho idêntico na vida: tornaram-se freiras na mesma congregação, as Franciscanas do Sagrado Coração de Jesus.

Nascidas em uma família católica, elas sentiram o chamado da vocação religiosa já na infância. “Nós não conhecíamos, não sabíamos como era, só queríamos ser religiosas. Foi algo que só Deus mesmo que sabe explicar”, disse a Irmã Gorete à ACI Digital

As três irmãs são de Itamira, distrito de Aporá (BA). Lá, quando pequenas, conheceram uma freira da Itália, chamada Irmã Ricarda, cujo testemunho as fez querer seguir o mesmo caminho. “Ela fazia visita às comunidades lá onde participávamos da Santa Missa e, enquanto o padre atendia as pessoas, ela reunia as crianças, colocava sentadinhas na frente do altar, colocava uma vitrola e ficava nos ensinando", disse irmã Maria Gorete.

Todas no mesmo convento

Um dia, um pároco ouviu falar desse desejo profundo que habitava as três jovens. Depois de entrar em contato com um convento em Salvador, uma das três irmãs, Maria de Lourdes, foi para lá iniciar a vida religiosa. As outras duas ficaram em casa para ajudar a mãe a cuidar dos irmãos mais novos. Um ano depois, Maria Aparecida também entrou para convento, depois foi a vez de Maria Gorete. “Foi bom estarmos juntas, porque uma dava força para outra", afirmou Gorete.

Mas a presença das trigêmeas não deixou de causar alguns problemas com as irmãs do convento. "As irmãs nos confundiam. Cada uma trabalhava em um lugar e, quando uma das freiras ia conversar com uma de nós e depois com a outra, achava que era a mesma. Era aquela confusão”, lembrou Maria Gorete.

O sentido da vida

Há vários anos, elas seguem a vocação em lugares diferentes. Irmã Gorete trabalha em um asilo, Lourdes se estabeleceu em outro convento em Salvador e Aparecida cuida da mãe de 85 anos.

"Vale a pena deixar tudo, deixar a família. Não como um abandono da família, mas seguir o que Jesus fala: quer me seguir, renuncie a tudo que tem, pegue sua cruz e me siga. Isso dá sentido à vida”, conclui Gorete.

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