Camisa amassada, jeans, cabelo desgrenhado e um testemunho de conversão: o artista londrino Charlie Mackesy, vencedor do Óscar com o curta de animação "O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo", tem um estilo de apresentação que certamente está influenciando muita gente e mudando corações.
Quando Nicky Gumbel, vigário da conhecida "Holy Trinity Brompton Church", em Londres, disse em entrevista à CBN News que Mackesy era o “melhor evangelista do Reino Unido no momento”, o artista respondeu com uma risada incrédula e explosiva.
Provavelmente porque, durante grande parte de sua vida, Mackesy se identificou como ateu. Ele via o cristão como “uma pessoa que fingia ser boa, mas julgava os outros… alguém que acredita em um amigo invisível”.
Na verdade, foi a própria jornada de Mackesy como artista que o levou a um caminho de descoberta espiritual. Disse ele:
“Jesus discretamente me introduziu em uma jornada para encontrar pessoas realmente boas, e foi assim que minha jornada [espiritual] começou. Porque eu senti que era como se Jesus estivesse dizendo: 'Olhe como aquele cara ali, sentado naquele banco, é lindo, desenhe-o.'”
Os desenhos, pinturas, esculturas e histórias de Mackesy provariam ser um lugar onde o Espírito Santo iria trabalhar poderosamente.
O relato de Mackesy sobre um agrimensor que parou, observou sua obra de arte sobre o filho pródigo e deixou o trabalho mais cedo para ir para casa e abraçar o filho de 9 anos, é o tipo de momento que parece capturar o efeito e a essência do profundo carisma de Mackesy.
O filho pródigo
De fato, a história do filho pródigo é a que Mackesy mais representou através da arte ao longo dos anos. É uma mensagem pela qual Mackesy é especialmente cativado, uma história de “perdão, redenção e reconciliação” que, segundo ele, fala ao coração de todo homem, “mesmo que você não seja cristão”.
E embora Mackesy seja um artista respeitado há décadas - tendo morado em Nova Orleans e tendo vendido pinturas para estrelas como Whoopie Goldberg e Sting - Mackesy e seu colega Matthew Freud recentemente expandiram ainda mais sua fama ao ganhar o Oscar de Melhor Curta de Animação com a adaptação do livro best-seller de Mackesy "O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo".
Esta adorável história de 2019 é composta por 100 ilustrações em preto e branco que “seguem a história de um menino curioso, uma toupeira gananciosa, uma raposa cautelosa e um cavalo sábio que se encontram juntos em terrenos às vezes difíceis, compartilhando seus maiores medos e maiores descobertas sobre vulnerabilidade, bondade, esperança, amizade e amor.”
Espera-se que o curta vencedor do Oscar, de 34 minutos, seja apenas o começo da trajetória de Charlie Mackesy no mundo da animação, já que a voz desse artista certamente precisa ser ouvida.