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Papa a políticos: tornar possível na prática o direito à aposentadoria

Pope Francis blesses the faithful at the end of Palm Sunday Mass in St. Peter's Square

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I. Media - publicado em 05/04/23
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Papa Francisco alerta para a crise ecológica e a dívida pública, que está sendo "carregada sobre os ombros dos filhos e netos"

"Precisamos de políticos sábios, guiados pelo critério da fraternidade", disse o Papa Francisco aos membros do Instituto Nacional Italiano de Previdência Social (INPS) em 3 de abril de 2023 no Vaticano, referindo-se à fragilidade dos sistemas de aposentadoria nos países. Enquanto a França - que o Papa não nomeou - está dividida sobre a recente reforma de seu sistema previdenciário, o pontífice pediu para não "desperdiçar os recursos existentes", nem "deixar as gerações futuras em sérias dificuldades".

"O tema da previdência é sempre relevante", disse o Papa Francisco, encorajando o instituto de 125 anos a continuar "tornando possível na prática o direito à aposentadoria". Ele ecoou a preocupação de um homem de 60 anos sobre o inverno demográfico italiano: "Mas quem vai pagar minha aposentadoria? Não serão os cachorrinhos que as pessoas têm em vez das crianças".

Ao longo de seu discurso, o Papa deplorou uma sociedade que "se achatou no presente e mostra pouco interesse no que pode acontecer às gerações futuras", nomeando a crise ecológica e a dívida pública, que está sendo "carregada sobre os ombros dos filhos e netos". "Em alguns países os netos nascem com uma terrível dívida pública", exclamou, denunciando uma situação "injusta".

Proteger as aposentadorias

A aposentadoria só pode funcionar em "um forte vínculo entre gerações" e solidariedade, ressaltou o pontífice de 86 anos, porque a "merecida aposentadoria" de um trabalhador se baseia em seus anos de trabalho, mas também "no fato de que alguém, através de sua atividade, paga concretamente pela aposentadoria de outros".

O Papa Francisco fez três apelos para proteger o direito à aposentadoria em "sociedades que, como a italiana, estão envelhecendo cada vez mais". Em primeiro lugar, ele apelou para a rejeição do trabalho não declarado. Isto parece trazer "benefícios econômicos para o indivíduo", ele observou, mas a longo prazo não permite que as famílias tenham acesso ao sistema de aposentadoria, e leva "a formas de exploração e injustiça".

O segundo apelo do pontífice foi para rejeitar o trabalho precário, o que atrasa as escolhas de vida dos jovens, torna o acesso ao sistema de aposentadoria mais difícil. Finalmente, o Papa apelou para "um trabalho digno".

O sucessor de Pedro falou contra uma "má previsão" que "só pensa em si mesmo" e "acaba dando ilusões", trancando-se em "falsa segurança". E ele nos convidou a não esquecer que "trabalhadores estrangeiros que ainda não têm nacionalidade italiana" também participam do sistema de aposentadoria.

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