O Antigo Testamento está repleto de profecias que se cumpriram na vida e na morte de Jesus Cristo, mas o livro de Isaías é frequentemente destacado pela sua precisão.
O profeta Isaías, aliás, é frequentemente chamado de “Quinto Evangelista”, assim como o seu livro costuma ser tratado como o “Quinto Evangelho”.
A razão dessa denominação é que o livro de Isaías prediz as principais características da Paixão de Cristo com tamanho grau de detalhamento que os próprios Padres da Igreja chamaram o profeta de "Quinto Evangelista".
Em particular, a passagem mais relevante do livro vem do capítulo 53:
Era desprezado, era a escória da humanidade, homem das dores, experimentado nos sofrimentos; como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto, era amaldiçoado e não fazíamos caso dele. Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas (Isaías 53,3-5).
Todos os anos, esta passagem é recitada durante a Semana Santa, especificamente na Sexta-Feira Santa.
O “homem das dores” é uma descrição clara da Paixão de Jesus e nos lembra que Deus preparou o coração do seu povo para este dia muito antes que ele acontecesse.