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Cigarro eletrônico deixa jovem de 19 anos com pulmões de idoso e à beira da morte

Cigarro eletrônico ou vape
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Francisco Vêneto - publicado em 10/04/23
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Ele começou a fumar aos 13 anos, escondido dos pais, para "seguir a moda", conforme suas próprias palavras

O norte-americano Draven Hatfield tem 19 anos e foi diagnosticado com a mesma capacidade pulmonar de um idoso que fumou regularmente durante a vida inteira ou de um adulto de meia-idade que fumou no mínimo três maços de cigarro por dia ao longo de 30 anos.

Agora, o rapaz faz campanha para alertar as pessoas contra o uso daquilo que o levou a esse quadro extremo: o cigarro eletrônico, também chamado, em inglês, de "vape".

Draven começou a fumar aos 13 anos, escondido dos pais, para "seguir a moda", conforme suas próprias palavras. O que era um suposto "lazer de fim de semana" se tornou rapidamente um vício diário em cigarro eletrônico.

Internado pela primeira vez aos 17 anos, o rapaz passou por outras quatro hospitalizações ao longo dos dois anos seguintes devido a crises que o impediam de respirar. Na última internação, em fevereiro de 2022, precisou de ventilação artificial. A trajetória de Daven inclui também uma cirurgia de emergência para a retirada de bolhas de ar de um dos pulmões.

Depois de passar por tratamentos com adesivos de nicotina, Draven agora já não fuma. No entanto, conforme declarou ao jornal Daily Mail, ainda sente "dores terríveis" decorrentes do vício.

Além da devastação em sua saúde física, o cigarro eletrônico também devastou um dos maiores sonhos de Draven: tornar-se músico e cantor.

Proibição no Brasil

O cigarro eletrônico é proibido no Brasil desde 2009. Mesmo assim, o dispositivo pode ser encontrado no país devido à dificuldade de fiscalização reconhecida pela própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Um relatório da agência publicado em 2016 sobre cigarros eletrônicos no Brasil já apontava que pelo menos 30% dos fumantes brasileiros já tinham experimentado o dispositivo.

Consequências para a saúde

O cigarro eletrônico dobra o risco de hipertensão e aumenta em 80% o de infarto. Acarreta maior incidência de câncer, reduz a fertilidade, causa refluxo, provoca fadiga e causa dificuldade de respiração. Mesmo os modelos sem nicotina oferecem riscos graves, uma vez que muitos deles contêm substâncias nocivas como o glicerol, apontado em estudos iniciais como provável causador de pneumonia.

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