Ouvir “eu te odeio” de seu próprio filho pode ser como uma facada no coração. Mas com um pouco de calma e perspectiva, você será capaz de se concentrar no amor que seu filho tem por você.
Em primeiro lugar, sem dúvida, você já deve ter dito a seu filho que a palavra “ódio” é muito forte e, como cristãos, todos somos chamados a amar. Então, à medida que seus anjinhos crescem, eles sabem o quão poderosa é essa palavra. Infelizmente, eles também saberão que, quando estiverem com raiva, se disserem “eu te odeio”, você ficará magoado(a) - e muito.
Então imagine este cenário: você disse ao seu filho que ele precisa sair do celular e fazer as tarefas da escola. No entanto, pense na situação: seu filho está exausto, teve um dia ruim com os amigos ou está se sentindo mal. Nesse cenário, ele poderá reagir de forma exagerada e responder a você com “ódio”.
Teus filhos não te odeiam
É importante lembrar: teus filhos não te odeiam. Na verdade, eles te amam tão profundamente que você é a pessoa em quem eles podem se sentir à vontade para descontar todas as frustrações que sentem. Então, por favor, não se esqueça disso quando você estiver a ponto de perder o juízo.
Mas como responder a esse suposto ódio? Bem, depois de ter criado quatro filhos, vindo de uma família enorme - em que as crianças superam os adultos em número - e ter lecionado por muitos anos, posso compartilhar o que funcionou de maneira muito eficaz e consistente para mim. E eu diria: reaja com bondade quando seu filho disser: "Eu te odeio".
Na prática
Agora, é muito importante aqui não encarar essa reação como uma vitória fácil. Quero dizer: seja gentil, mas não dê muito espaço ao ódio.
Se o pequeno Jack gritar "Eu te odeio!", tente responder assim: "Que pena, porque eu te amo".
Depois, continue fazendo o que estava fazendo. Eu não iria discutir isso. Eu certamente não diria o quanto você se sente magoado(a), pois seu filho saberá como atacar seu calcanhar de Aquiles - e o usará na próxima vez que você o irritar.
Depois de ouvir algumas vezes o seu “eu te amo”, seu filho não terá satisfação em gritar “eu te odeio”. Ele pode até tentar encontrar maneiras alternativas de te ferir, afinal não seria razoável esperar que as crianças controlassem suas emoções.
Mas atenção: para os pais que lidam com questões mais profundas, é importante consultar um profissional.