Houve muitos padres e bispos santos nos primeiros séculos da Igreja, e um dos mais influentes dentre eles foi Santo Atanásio.
A Enciclopédia Católica resume a sua vida contando-nos que ele nasceu por volta do ano 296 e morreu em 2 de maio de 373. Foi "o maior defensor da doutrina católica no tocante à Encarnação" e ganhou o título distintivo de "Pai da Ortodoxia", reconhecido até os nossos dias.
A palavra "ortodoxia", neste contexto, significa "reta doutrina", destacando o empenho de Santo Atanásio em defender as doutrinas corretas da Igreja Católica.
O Papa Bento XVI refletiu sobre a sua vida e influência durante uma audiência geral de 2007.
"Este autêntico protagonista da tradição cristã, poucos anos depois da sua morte, foi celebrado como 'a coluna da Igreja' pelo grande teólogo e Bispo de Constantinopla Gregório Nazianzeno (Discursos 21, 26), e foi sempre considerado como um modelo de ortodoxia, tanto no Oriente como no Ocidente.
Portanto, não foi por acaso que Gian Lorenzo Bernini colocou uma sua estátua entre a dos quatro santos Doutores da Igreja oriental e ocidental juntamente com Ambrósio, João Crisóstomo e Agostinho, que, na maravilhosa abside da Basílica vaticana, circundam a Cátedra de São Pedro.
Atanásio foi, sem dúvida, um dos Padres da Igreja antiga mais importantes e venerados. Mas, sobretudo, este grande santo é o apaixonado teólogo da Encarnação do Logos, o Verbo de Deus, que, como diz o prólogo do quarto Evangelho, 'se fez carne e veio habitar entre nós' (Jo 1, 14)".
Bento XVI também explicou o que estava no centro dos ensinamentos de Santo Atanásio e das batalhas teológicas da época.
"A ideia fundamental de toda a luta teológica de Santo Atanásio era precisamente a de que Deus é acessível. Não é um Deus secundário, é o Deus verdadeiro, e, através da nossa comunhão com Cristo, podemos unir-nos realmente a Deus. Ele tornou-se realmente 'Deus conosco'".
Santo Atanásio continua sendo uma figura importante na história da Igreja e é um santo em quem devemos buscar inspiração.