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A estratégia desta mãe para encontrar a alegria de viver

Claire de Féligonde

Claire de Féligonde

Mathilde de Robien - publicado em 10/05/23
Uma escritora e mãe de cinco filhos compartilha dicas preciosas para que as mães "renasçam do alto" quando a vida cotidiana parecer monótona ou estressante

Que mãe já não experimentou a sensação de cansaço diante de um cotidiano que lhe parece repetitivo? Quem nunca se sentiu sobrecarregada ou perdida uma vez ou outra? Quem não passou por períodos de deserto durante os quais a fé se torna morna? 

Longe de julgar ou culpar as pessoas, a escritora e mãe Claire de Féligonde dá alguns conselhos para as mães redescobrirem a alegria de viver e se aproximarem de Jesus. Ou melhor: redescobrir a alegria de viver APROXIMANDO-SE de Jesus. Porque tudo está conectado! Uma fé viva suaviza a vida cotidiana, dá sentido a ela. 

A proposta revolucionária da mãe de família é viver em 3D: uma vida doada, desapegada e direita.

1Vida doada

Viver uma vida doada é ofertar a vida a Jesus. “Oferece o que viveste, o que vais viver, os teus compromissos, as tarefas que te esperam, os teus projetos, os teus momentos a dois e em família, as tuas dúvidas, as tuas tentações e até os teus pecados", diz Claire de Féligonde. E, para isso, basta dizer em voz alta ou no fundo de si: “Jesus, eu te dou a minha vida!"

Podemos oferecer tudo a Deus simplesmente através das palavras. É por isso que Claire de Féligonde nos convida a dizer, pelo menos duas vezes por dia: “Meu Deus, dou-te tudo, e particularmente isto ou aquilo”. Doar é, antes de tudo, dizer que se doa. 

2Vida desapegada

Mas por que levar uma vida desapegada? Porque, segundo um monge cartuxo citado pela mãe de família, “viver a vida plena é viver de forma desapegada”. O objetivo é, portanto, desapegar-se de si mesmo, das próprias emoções, dos próprios medos, dos próprios modos de agir, para deixar Deus agir em nós. Para isso, à maneira de Santa Teresa de Ávila, trata-se de descer ao seu castelo interior onde reina o silêncio. Um lugar longe das tentações e perturbações do mundo exterior.

"Sinto-me desapontada, triste, zangada, cheia de sentimentos negativos mais ou menos justos? Entrego estas dificuldades a Deus e, depois, desprendo-me delas e refugio-me internamente na sala do tesouro, nesta parte inexpugnável do meu ser, onde deve reinar o silêncio e a calma?", instiga Claire de Féligonde.

E ela sugere: "Desço ao fundo do meu coração, fico ali um pouco e repito esta oração para mim mesmo: 'Jesus Salvador'". A ideia é manter uma parte de si constantemente escondida e calma, no silêncio, com Jesus, numa certa indiferença para com o mundo, e concentrar-se na certeza de que o essencial é Jesus, que habita em si.

3Vida direita

Terceiro e último passo do processo: esforce-se para levar uma vida direita, justa, reta. Esse passo vem por último porque, segundo Claire de Féligonde, “é impossível levar uma vida que vai diretamente para Cristo se não for imediatamente entregue a Cristo e se não me desapegar dela regularmente para vivê-la com Deus”.

Mas uma vida que vai direto a Cristo não é fácil. Fraquezas, tentações e desânimos se acumulam. Para a mãe de família, o essencial consiste na realidade em desejar uma vida justa. “É muito mais fácil fazer o que você quer fazer, não é? Então peça a Deus para fazer você amar e desejar o que ele quer, o que é santo, o que é certo. 'Jesus, faça-me querer uma vida justa, uma vida santa, uma vida contigo'", finaliza.

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