A festa da Ascensão de Jesus tem um aspecto muito peculiar. Jesus quis encerrar o tempo da encarnação, inclusive as suas aparições ressurrecto, e concluir o seu ministério apostólico.
Ele não saiu pela porta dos fundos, não desapareceu “à francesa”; saiu saindo e deu cabo à sua obra. De fato, ele é o alpha e o ômega, o princípio e o fim.
Mas... como é difícil terminar aquilo que se começou!…
Não falo apenas daquelas tarefas deixadas pela metade, livros, faculdades, trabalhos inacabados; falo sobretudo da coragem e da virtude de saber encerrar fases na vida.
Há pessoas desprovidas de caráter que sempre deixam histórias mal contadas, coisas subentendidas, casos mal resolvidos, simplesmente porque não têm a coragem da sinceridade. Transferem para o tempo a responsabilidade de resolver aquilo que o tempo não resolve.
Nem tudo é questão de deixar ir a dor ou acostumar-se com novas circunstâncias. Honestidade não tem preço! E ela é o sinal distintivo de pessoas que dão respeito e, por isso, o merecem para si. Não adianta sentir dó ou carinho; ninguém precisa da pena de ninguém, e, carinho, até bicho pode dar. Sorrisos falsos e saudações cordatas podem até ser sinais de educação, mas também são aquele mínimo a esperar-se até de prostitutas.
Respeitar pessoas, histórias e relacionamentos é o marcador daquela nobreza que distingue os homens dos vermes.
Pe. José Eduardo de Oliveira, via Facebook