A ditadura comunista da Coreia do Norte condenou à prisão perpétua um bebê de 2 anos, junto com toda a sua família, porque seus pais foram flagrados com uma Bíblia.
O absurdo exemplo da perseguição implacável contra qualquer cidadão que se atreva a viver a própria fé sob o regime ateu da família Kim foi registrado no mais recente Relatório Internacional sobre a Liberdade Religiosa, baseado em estatísticas consolidadas até 2022 e publicado pelo Departamento de Estado norte-americano.
Uma das bases do relatório são as entrevistas compiladas pela organização não-governamental Korea Future com 244 vítimas de perseguição religiosa no país. Trata-se de vítimas cuja idade varia de 2 a 80 anos. A maioria são mulheres (mais de 70%), todas acusadas de posse de objetos religiosos ou de prática religiosa, principalmente xamânicas tradicionais locais (150 casos) ou cristãs (91 casos).
O episódio da prisão do bebê de 2 anos com seus familiares ocorreu ainda em 2009, mas só pôde ser revelado neste mês de maio de 2023 devido à quase total opacidade do regime comunista.
Segundo o documento do governo dos Estados Unidos, ao menos 70 mil cristãos estão presos atualmente na Coreia do Norte pelo simples fato de seguirem a Jesus Cristo. Estimativas apontam de 200 mil a 400 mil cristãos clandestinos no país.
Nem a Organização das Nações Unidas (ONU), costumeiramente omissa no tocante aos atropelos contra os cristãos no mundo atual, conseguiu isentar-se diante do que se passa na ditadura de extrema esquerda. António Guterres, secretário geral da entidade, admitiu que "o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião continua a ser negado [na Coreia do Norte], sem sistemas alternativos de crença tolerados pelas autoridades".
De fato, cidadãos flagrados com a Bíblia na Coreia do Norte enfrentam sistematicamente a pena de morte. A repressão se estende às suas famílias, corriqueiramente condenadas à prisão perpétua, como no caso em questão. É comum o envio de cristãos a campos de trabalhos forçados, na qualidade de presos políticos, assim como a sua submissão a sessões de tortura tanto nesses mesmos campos quanto nos presídios do país.
Ainda segundo denúncias registradas em relatórios internacionais, mulheres e meninas cristãs são alvo de estupro por parte de autoridades norte-coreanas em franca retaliação à doutrina moral cristã. O mesmo se aplica ao aborto forçado, imposto a mulheres cristãs.