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Quem eram os estilitas?

Bielorrússia

Estátua de São Simeão na Bielorrússia

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Daniel R. Esparza - publicado em 15/06/23
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Atenção: não é "estiliSta"! O termo deriva do grego “stylos”, que significa pilar

O termo estilita deriva do grego “stylos”, que significa pilar. Atenção: não é "estiliSta", mas "estilita" mesmo.

Refere-se a um tipo muito específico de monge cristão asceta que decidiu viver no topo de um pilar, ou coluna, durante longos períodos de tempo – tanto em busca de solidão e silêncio quanto como forma de penitência. Essa prática única, e bastante rigorosa, surgiu nos primeiros séculos cristãos, particularmente no Império Bizantino.

Santos Simeão, o Velho e Simeão, o Jovem

Um dos estilitas mais renomados foi São Simeão Estilita, o Velho, que viveu no século V. A sua jornada ascética teve início quando ele se isolou numa pequena cabana, mas depois decidiu morar no topo de um pilar para se distanciar ainda mais das distrações mundanas. Seu pilar, que foi aumentando gradualmente de altura ao longo do tempo, se tornou símbolo da sua dedicação a uma vida de oração e contemplação.

O ascetismo de Simeão e sua resistência no topo do pilar durante quase quatro décadas atraíram muitos seguidores e peregrinos que procuravam as suas orientações e bênçãos. Hoje, os restos de uma igreja bizantina construída em torno da sua coluna testemunham o estilo de vida eclesial que ele inaugurou.

Essa prática foi adotada ainda por Simeão, o Jovem, que tinha o mesmo nome do protoestilista, mas também por muitos outros que seguiram aquele extremo estilo de vida cristão ao longo de um século inteiro.

Estilitas
Estilitas: São Simeão o Velho (à esquerda) e São Simeão o Jovem (à direita)

Outros santos estilitas

São Daniel, o Estilita, contemporâneo de Simeão, seguiu um caminho semelhante e viveu sobre um pilar durante mais de trinta anos. Santo Alípio, o Estilita, outra figura proeminente, passou 53 anos numa coluna. Estes santos, e outros como eles, viam o seu isolamento como um meio de se manterem “incontaminados pelo mundo”, como recomenda a carta de Tiago (cf. Tg 1, 27).

O significado teológico do estilismo reside na sua personificação do ideal monástico de hesychia – palavra grega que significa quietude, mas também silêncio. Ao retirar-se voluntariamente da sociedade e viver no topo de um pilar, os estilistas pretendiam desvencilhar-se das distrações e alcançar um estado de oração incessante.

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