No calendário da Igreja, a maioria dos tempos litúrgicos gira em torno de um grande tema espiritual específico, como é o caso da Quaresma, da Páscoa, do Advento e do Natal.
Já no tocante ao Tempo Comum, não há uma festa particular que o caracterize - e ele acaba sendo visto como o período mais "genérico" do ano litúrgico.
O próprio nome desse período reforça esta impressão, muito embora ele tenha recebido nomes diferentes ao longo dos séculos.
1 | Tempo após a Epifania
Como o Tempo Comum se incia depois da festa da Epifania, ele já foi chamado, no passado, justamente de “Tempo após a Epifania”. Tratava-se de um tempo especial que se celebrava a partir de 6 de janeiro até o começo da Quaresma.
2 | Tempo após o Pentecostes
Da mesma forma, o período que se seguia ao Pentecostes já foi uma época separada, que durava até o Advento e dava particular continuidade ao tema do Espírito Santo. Curiosamente, os cristãos ortodoxos e muitos católicos orientais usam a cor verde para o Pentecostes, a fim de enfatizar a nova criação que o sopro do Espírito Santo promove, bem como a novidade de vida no Espírito. Os católicos romanos continuam a usar o verde durante esta época do ano, embora não diretamente na festa de Pentecostes.
3 | Tempus per Annum
Em 1969, quando o calendário litúrgico foi revisado, o nome latino que se dava a este período era “Tempus per Annum”, ou seja, “Tempo durante o ano”. Este nome se presta a uma interpretação mais genérica, focando nos eventos da vida pública de Jesus Cristo.
4 | Tempo Ordinário
Este nome alternativo ao Tempo Comum tem como raiz a palavra latina "ordo", ou seja, "ordem". Em certo sentido, esse período recebe o nome dos números ordinais pelos quais os domingos são conhecidos: Segundo Domingo do Tempo Comum, Terceiro Domingo do Tempo Comum, e assim por diante, seguindo-se literalmente esta ordem.