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Como os pais da jovem católica assassinada em escola lidam com a ausência da filha

Pais de jovem morta no Paraná
Reportagem local - publicado em 27/06/23
"Fica um buraco que só será preenchido aos poucos pelo amor de Deus", disse a mãe da jovem; ela também declarou que não sente raiva do atirador

Keller Alves e Dilson Alves, os pais da estudante brutalmente assassinada em uma escola de Cambé, no Paraná, concederam uma entrevista à Rádio Canção Nova de Brasília (DF).

Durante a conversa com o jornalista Ronaldo da Silva, eles lembraram que a filha Karoline Verri Alves, de 16 anos, era "doce, singela, modesta e sempre muito sorridente". O casal também revelou que a estudante era devota de Santa Teresinha e que a Eucaristia e o Sacramento da Reconciliação tinham papel fundamental na vida da jovem. Aliás, dois dias antes de morrer, ela havia recebido o sacramento do perdão.

Keller e Dilson são Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão na Paróquia Santo Antônio, em Cambé, onde Karoline também era bastante atuante. "Vamos sentir muita falta dela. Fica um buraco que só será preenchido aos poucos pelo amor de Deus”, afirmou Keller.

O casal ainda compartilhou com os ouvintes que está evitando pensar muito na tragédia e que a força da fé ajuda a atravessar esse momento familiar difícil. "Estamos lidando com isso com misericórdia”, explicou a mãe da jovem assassinada.

Sobre o atirador, Keller afirmou: "Não conseguimos ter ódio ou raiva. Alimentamos o sentimento de perdão e nos colocamos no lugar da família dele, que também está sofrendo. Não ameacem a família", solicitou.

O pai da jovem acrescentou: "O rapaz estava em um momento de escuridão”.

O que aconteceu

Na manhã de segunda-feira, 19 de junho, Karoline Verri Alves foi vitimada pelo ataque armado ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, quando um ex-aluno de 21 anos disparou contra ela e seu namorado Luan, também de 16 anos.

Ela morreu ainda no local. Luan chegou a ser internado em estado gravíssimo no Hospital Universitário de Londrina, mas, infelizmente, não resistiu à gravidade do ferimento e faleceu no dia seguinte.

O ataque abalou a cidade. Karoline era muito atuante na Paróquia Santo Antônio, onde havia sido coroinha e participava do Grupo de Jovens I Lummi. Os pais dela são coordenadores da comunidade. Segundo nota da paróquia, uma das mais recentes participações de Karoline na vida paroquial foi neste Corpus Christi, quando a jovem entrou com o lecionário durante a Procissão da Palavra na Missa solene.

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