Em abril de 2022, James Howard-Jones, então com 27 anos, estava com um grupo de amigos em um bar de Cheltenham, na Inglaterra, assistindo a uma luta de boxe. Ao deixarem o local, eles se envolveram numa discussão com outro grupo de jovens, entre os quais Ben Davies, de 24. Os seguranças do bar interromperam a briga, mas, cinco minutos depois, Ben e James voltaram a discutir em outra rua das proximidades. Desta vez, Ben desferiu um soco em James e o deixou inconsciente.
O rapaz foi levado para um hospital, onde continuou inconsciente durante um ano. Mesmo submetido a várias cirurgias de emergência, ele não reagia - tanto que os médicos declararam a sua morte cerebral. No entanto, pouco antes que seus aparelhos de suporte vital fossem desligados, James acordou.
Uma lenta e desafiadora recuperação
Nos primeiros dias, conseguia apenas fazer contato visual, mas ainda não se movia nem falava. Aos poucos, suas condições foram progredindo e foi transferido para um centro de reabilitação. No entanto, precisou voltar várias vezes ao hospital devido a convulsões. Ele ainda precisa de ajuda para sair da cama e ir ao banheiro, além de usar uma cadeira de rodas durante algumas horas por dia devido ao cansaço.
Segundo os médicos, James também está enfrentando uma "depressão severa" diante do desafio de assimilar o que lhe aconteceu e o percurso de recuperação pelo qual está passando.
Uma campanha de arrecadação de fundos para custear os tratamentos de James está em andamento no site GoFundMe.
A sentença ao agressor
Por sua vez, o agressor Ben Davies foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão. Ele admitiu à justiça que foi o autor da grave lesão corporal contra James, mas afirmou que não teve essa intenção. Segundo a rede BBC, o juiz que emitiu a sentença frisou que foi "limitado pelas diretrizes de pena máxima", acrescentando que a pena de pouco menos de dois anos e meio "não reflete adequadamente o dano terrível" que Ben perpetrou. A defesa de Ben Davies argumentou que o ato do jovem foi "completamente fora" da sua personalidade normal e que o episódio teve um "efeito profundo sobre ele".
Desligamento de aparelhos: o que diz a Igreja?
A propósito do desligamento de aparelhos que fornecem suporte vital a um doente em estado grave, a Igreja Católica sustenta que nenhum cenário justifica uma ação direcionada a abreviar a vida humana. Saiba mais sobre os conceitos de eutanásia, distanásia e ortotanásia acessando o seguinte artigo: