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Este garotinho nasceu de 23 semanas e é exemplo de força e esperança

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Caroline Moulinet - publicado em 13/07/23
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Esta é a história de uma vida que estava por um fio, um lembrete comovente de que, a cada momento, o Senhor está cuidando de nós

Rozina abre um sorriso radiante, que não dá indícios de seu passado doloroso. Infelizmente, a vida nem sempre foi gentil com ela. A mulher sofreu com a pobreza e enfrentou os desafios da migração. Fugiu sem documentos da Albânia e foi para a Inglaterra. Demorou oito anos para que sua situação fosse regularizada.

Nesse ambiente difícil, Rozina sempre cuidou de sua família — seu marido e seu primeiro filho, Elvis. Ao esperar com alegria o segundo filho, teve que enfrentar mais uma crise. Quando ela estava com pouco mais de 23 semanas de gravidez, entrou em trabalho de parto prematuro.

“Com 23 semanas e três dias, logo após o segundo ultrassom, e vendo meu bebê saudável, comecei a sangrar. Quando cheguei ao hospital, os médicos me disseram que eu estava em trabalho de parto. Era impossível, inconcebível! Fiquei arrasada”, diz ela.

Emocionada, Rozina continua:

"Eu não poderia imaginar viver sem meu filho, não queria vê-lo morto em meus braços. A equipe médica foi um apoio imenso, cheio de ternura e encorajamento. Em especial a médica que estava lá e a quem apelidei de 'Doutora Esperança', e Jenny, uma parteira absolutamente incrível em sua dedicação e compaixão."

480 gramas

O bebê Arijon nasceu com 23 semanas e três dias, pesando apenas 480 gramas.

Rozina e seu marido Arlind compartilharam, cada um a seu modo, a dor e a angústia de um parto tão prematuro:

"Arlind não queria que eu pensasse que era tudo culpa minha. É tão difícil não reinterpretar o que aconteceu para tentar descobrir o que poderíamos ter feito de errado".

As primeiras horas e os primeiros dias após o parto foram momentos que combinaram sentimentos de vitória e alívio pelo fato de Arijon estar vivo. Mas o medo de perdê-lo ou de ver surgirem novas complicações médicas também era muito intenso.

Vontade de viver

Apesar de todos os desafios potenciais, ficou claro que Arijon queria viver.

Rozina lembra:

"Os médicos me disseram que nosso filho tinha pulmões de tigre! Ele queria viver! Todas as vezes que tínhamos que voltar ao hospital nos primeiros meses, vendo a evolução dele, depois vendo ele andar, sempre me pediam para mandar fotos e contar a história dele, porque isso poderia animar os pais que estavam passando por essa angústia terrível."

Uma força de espírito que inspira fé e esperança

O tempo passou e o pequeno Arijon está progredindo na escola. Rozina o vê crescer com orgulho e gratidão:

"Arijon já passou por tantos desafios! Devo admitir que costumo mimá-lo, não o repreendendo com muita frequência. Ele é tão forte... e tão teimoso! Não posso dizer que o culpo! Quando ele aprendeu a respirar sozinho, os médicos me garantiram que Arijon nos mostraria quando estivesse pronto. Depois de três tentativas, foi Arijon quem puxou os tubos para sinalizar que era hora.

Na semana passada, ele fez uma operação nos tímpanos, que correu muito bem. Ele foi tão bem, que recebeu alta na mesma noite da cirurgia realizada sob anestesia geral - o que significa que ele deveria ter alta no dia seguinte! Há uma força nele que mantém a minha confiança e minha esperança".

É a história de uma vida que estava por um fio, um lembrete comovente de que, a cada momento, o Senhor está cuidando de nós.

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