Dom João José da Costa, O. Carm., arcebispo metropolitano de Aracaju, apresentou ao Papa Francisco o seu pedido de renúncia ao cargo, que ocupava desde 2017. Ele tem 65 anos e, portanto, ainda não atingiu a idade canônica na qual a renúncia é obrigatória, mas, por meio de comunicado oficial, explicou que o motivo do pedido antecipado é a fadiga.
Nesta quarta-feira, 19 de julho, o papa aceitou formalmente a renúncia de dom João José e imediatamente nomeou um administrador apostólico para a arquidiocese da capital de Sergipe durante o período de sede vacante: dom Vítor Agnaldo de Menezes, bispo de Propriá, no mesmo estado brasileiro.
Dom João José foi nomeado bispo coadjutor de Aracaju em 2014 e, em 2017, assumiu como arcebispo metropolitano. Nesta missão, conforme afirma em seu comunicado, ele se empenhou em "servir com amor e dedicação a esta porção do povo de Deus que está na Arquidiocese de Aracaju, não obstante a minha pequenez e as minhas fragilidades".
O agora arcebispo emérito prossegue:
"Tenho consciência do meu esforço diário em cumprir o meu dever de pastor durante todo esse tempo, marcado por desafios, exigências que, às vezes, pareciam superar as minhas capacidades e habilidades".
E acrescenta:
"Neste momento da minha vida, consciente das minhas limitações e vulnerabilidades, diante da fadiga que me impõe o ministério, sem fugir às minhas responsabilidades, em atitude de escuta e acatamento obediente da vontade do Senhor e da Igreja, coloquei nas mãos do Santo Padre a minha missão como bispo e o caminho pastoral de nossa querida Arquidiocese".
Ao finalizar, dom João José pede a oração de todos os fiéis e se confia a Nossa Senhora do Carmo e a São José.
Recentemente, dois bispos franceses também renunciaram por razões semelhantes e tiveram seus pedidos aceitos pelo Papa Francisco, que, não obstante, alguns meses depois, os nomeou como bispos auxiliares.