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Da periferia da África à JMJ em Lisboa, a influência missionária de um padre

Père Pierre-Paul JMJ

Le père Pierre-Paul est volontaire pour la communication aux JMJ de Lisbonne.

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Cyprien Viet - publicado em 02/08/23
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"Estou particularmente feliz por estar aqui, porque tendo trabalhado em ambientes onde há muitos jovens em dificuldades, ver tantos jovens me dá esperança"

Aos 45 anos, o padre Pierre-Paul Dssekpil está vivenciando sua primeira JMJ em Lisboa. Voluntário no departamento de comunicação, o sacerdote togolês é testemunha da alegria missionária que reina nas ruas de Lisboa e no coração dos peregrinos.

Ordenado em 2014 para a Sociedade das Missões Africanas - uma congregação fundada em Lyon em 1856 - o padre Pierre-Paul Dossekpli, 45 anos, está vivendo sua primeira JMJ. Como voluntário no departamento de comunicações, ele está encantado ao descobrir a atmosfera de fé que reina entre os milhares de jovens que vieram doar seu tempo para ajudar a organizar o evento.

"Estou particularmente feliz por estar aqui, porque tendo trabalhado em ambientes onde há muitos jovens em dificuldades, ver tantos jovens me dá esperança, com a convicção de que nossos jovens vão melhorar", confidencia o padre Pierre-Paul nos corredores do Centro de Imprensa montado no centro de Lisboa.

"Cristo faz muitas maravilhas"

O togolês de 45 anos, que já viveu em Benin, Gana, Costa do Marfim e Nigéria, trabalha em uma associação que apoia crianças em dificuldades nas ilhas ao largo da costa da Tanzânia. "Essa experiência nas ilhas é semelhante à das pessoas que vivem em confinamento, que não veem perspectivas no mundo, porque viver em uma ilha pode isolá-lo do resto da sociedade e lhe dar uma sensação de abandono", explica ele.

Apesar de todos esses contextos difíceis, o missionário observa que "Cristo faz muitas maravilhas". Em seus vários apostolados na África, ele viu "diferentes sofrimentos entre os jovens, diferentes lutas", mas também essa sede comum de "viver em paz uns com os outros", enfatiza.

Uma vocação que escuta os jovens

A experiência da JMJ lhe deu a oportunidade, por quinze dias, de seguir sua vocação de ouvir os jovens e ajudá-los a conhecer Jesus. "Já conheci muitos jovens voluntários de vários países que estão passando por uma experiência de cura e conversão. Um jovem me confidenciou que estava um pouco perdido, que temia pelo seu futuro, mas que esse serviço de alguns dias como voluntário, no qual ele se sentiu reconhecido e amado pelo que ele era, o fez querer viver novamente", lembra.

O religioso togolês recorda ter ficado profundamente emocionado durante uma missa celebrada com os voluntários em Fátima, que lhe deu a oportunidade de viver uma experiência digna das vividas por Jesus nos Evangelhos. "Durante a comunhão, um jovem voluntário que não podia comungar, e que talvez não tivesse sido batizado, veio até mim, pediu minha bênção e depois se abaixou para tocar meus pés. Essa expressão de fé realmente me tocou em minha vida como padre", conta.

"Espero que todos os jovens se deixem tocar pelo Espírito Santo. Quando vejo toda a sua capacidade de imaginação, todos os seus talentos extraordinários, digo a mim mesmo que a amizade entre nós e com Deus pode salvar nosso mundo", entusiasma-se o Padre Pierre-Paul.

Então, quando haverá uma JMJ na África? O religioso togolês espera de todo o coração que a "Providência" tenha planos nessa direção. "Muitos países africanos são capazes de organizar a JMJ, logisticamente falando, como o Quênia, a África do Sul e o Congo, que têm uma magnífica reserva de cristãos para formar grupos de voluntários. Será preciso muita organização e tempo, mas pode ser feito. Um dia, mais cedo ou mais tarde, isso vai acontecer", afirma ele, comovido com a sede de Jesus que move as novas gerações.

JMJ em imagens

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