"Ok, Deus," eu sussurrava na capela de Adoração escura enquanto estava sem assuntos para falar em oração. Por mais que eu tentasse ficar acordada, meu corpo começava a escorregar no banco. Eu olhava fixamente para o ostensório, esperando por alguma intervenção divina para me fazer passar por minha hora sagrada. "Mostra-me algo pelo qual devo orar", eu pedi. No silêncio, surgiu uma palavra há muito esquecida. Na verdade, eu não a ouvia desde a catequese para a crisma. A palavra era fortaleza, um dos dons do Espírito Santo.
A grande palavra com F parecia ecoar pelos bancos vazios. "Ei, Siri", sussurrei em meu telefone enquanto me endireitava. "O que significa fortaleza?", questionei.
Eu me peguei fazendo a mesma pergunta neste verão, quando fui encarregada de dar uma palestra sobre fortaleza para adolescentes campistas católicos. Embora a maioria estivesse recém-saída da aula de confirmação e familiarizada com a palavra, foram necessários alguns exemplos para trazer o significado da expressão à tona.
Comparei essa experiência na Adoração - a necessidade de fortaleza - à imagem de uma criança com um ursinho de pelúcia nos braços. Jesus pede o urso à criança, que fica triste. O que a criança não consegue entender é que Jesus tem um ursinho ainda maior nas costas. Como um bom Pai, Jesus não tiraria algo de nós sem ter algo melhor para nos dar. Isso é fortaleza — confiar em Deus mesmo quando não podemos ver Seu plano.
Enquanto escrevia minha palestra, tentei lembrar por que precisava tanto de coragem naquele dia de Adoração. De repente, percebi: isso foi na época em que eu estava pensando em deixar um relacionamento abusivo de um ano.
Esse relacionamento era meu ursinho de pelúcia. Eu achava que era melhor estar em um relacionamento ruim do que em nenhum relacionamento. Passei um ano inteiro orando por discernimento e coragem para partir, mas nas costas de Jesus o tempo todo estava o maior ursinho de pelúcia que eu poderia pedir: uma profunda compreensão de meu valor próprio encontrado Nele.
Nós amamos nossos ursinhos de pelúcia, mas Satanás os ama ainda mais. Ele tenta nos convencer de que não há nada por trás das costas de Jesus, e vamos abrir mão do pouco que temos e ficar sozinhos sem nada. A melhor vingança que podemos obter - um grande soco na cara de Satanás - é simplesmente confiar em Deus. Seja em relação aos nossos maiores confortos ou em relação a uma luta contra um ostensório, o importante é se render, ter coragem e deixar Deus vencer.