O pe. Peter Kimani é capelão na rede penitenciária do Quênia. Durante uma recente cerimônia de premiações na escola St. Jude Donholm, na arquidiocese da capital, Nairóbi, ele afirmou, contundente, que o país teria menos presidiários se os pais fossem mais presentes na vida dos filhos.
Para o sacerdote, as crianças que contam com a presença participativa dos pais na sua educação desenvolvem princípios sólidos e têm mais clareza de objetivos para o futuro. Em contrapartida, os pequenos com pais alheios à sua formação tendem a levar "uma vida sem sentido", sem limites e sem "fronteiras morais e éticas".
Conforme divulgado pela agência ACI Africa, o padre fez um apelo enfático:
"Pais, ajudem os seus filhos a saberem por que vocês fazem as coisas. Se você, como pai, consegue responder corretamente aos seus filhos qual é a razão por trás dos seus atos, então nós vamos ter uma sociedade com bons hábitos. Mas se eles não sabem por que estão na escola, por que têm que ir à igreja e como têm que se comportar, então eles não vão ter metas na vida. Sejamos presentes como pais, guiando e mostrando aos nossos filhos quem eles são".
O pe. Peter prosseguiu:
"Quando os pais são responsáveis e sabem explicar as suas ações e quais são as boas amizades para os filhos, vai haver bem pouca gente na cadeia. Os bons hábitos dos pais incutidos nos filhos contribuirão para um país com famílias estáveis e para uma Igreja com cristãos estáveis, livres de hipocrisia e pretensão".
Ele também ressaltou a importância da educação:
"Vamos para a escola para aprimorar a sabedoria que Deus nos deu. Recebemos esta sabedoria de Deus, mas a aprimoramos por meio dos livros, do conhecimento adquirido, das habilidades que adquirimos na escola para resolver problemas e saber a diferença entre o bem e o mal. Vivemos numa sociedade que vê o bem como mal e o mal como bem".
Ao finalizar, o pe. Peter alertou que o conhecimento é inútil se não se volta a melhorar a sociedade. Por isso mesmo, incentivou os alunos premiados a ajudarem os que não foram premiados.