O pe. José Eduardo, via rede social, observou que "a soberba cria defesas".
Ele afirmou que "o soberbo necessita preservar a sua posição, proteger-se de suas misérias e de enxergar-se objetivamente. Então, desenvolve argumentos defensivos, repudia toda crítica como ofensa pessoal, escusa-se mentalmente de toda sua culpa, protege-se contra a consciência de suas deficiências e enclausura-se numa projeção idealizada de si, vivendo num mundo de fantasia em que ele consegue chegar ao topo, dando a essas ambições o nome de 'meus sonhos'".
E prosseguiu:
"O orgulhoso chega a esse estado por ter sido antes, muitas vezes, humilhado; mais do que ação, essa é uma sua reação afetiva, desenvolvida como armadura para impugnar qualquer 'ameaça' da humildade".
Como antídoto, o sacerdote receitou:
"É preciso depor as armas e descer ao chão, despir-se de toda presunção e estourar a bolha egocêntrica inflada pelos nossos pensamentos… Tudo começa ali, no nosso modo de pensar. Praticar a humildade é perder o medo de enxergar-se como de fato se é: miserável, precário, repulsivo, buscado por Deus nos abismos do nada.
Sem descer a estas profundezas, não há como ser livre. É óbvio que não é aprazível fazê-lo, custa muito. Mas nada há de mais elevado que atirar o próprio ego, sem medo, no despenhadeiro subtérreo do perfeito e heroico esvaziamento e mergulhar na humildade como quem desce às insondáveis crateras submarinas".