Bispos dizem que intervenção militar para acabar com o golpe só pioraria a situação
Depois de rezar o Ângelus do meio-dia neste 20 de agosto, o Papa Francisco reforçou este apelo:
"Acompanho com preocupação o que está acontecendo no Níger. Uno-me ao apelo dos bispos pela paz no país e pela estabilidade na região do Sahel. Acompanho com a minha oração os esforços da comunidade internacional para encontrar uma solução pacífica, o mais rapidamente possível, para o benefício de todos. Oremos pelo querido povo do Níger. E rezemos também pela paz para todas as populações feridas pela guerra e pela violência. Rezemos especialmente pela Ucrânia, que sofre há algum tempo".
O Níger está sendo governado por uma junta militar que derrubou o presidente no final de julho, por meio de um golpe.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) respondeu com sanções e até com a ameaça de intervenção militar se a junta não se retirar. No entanto, neste sábado, o general Abdourahamane Tchiani, que depôs o presidente Mohamed Bazoum, disse que planeja um retorno gradual à democracia dentro de três anos.
Os bispos católicos da região divulgaram um comunicado no qual se opõem a qualquer intervenção militar no Níger, alegando que esta medida só pioraria a situação, que já é crítica.
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