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Dominus vobiscum, de São Pedro Damião, em português

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Vanderlei de Lima - publicado em 27/08/23
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Possa esta bela e profunda obra de São Pedro Damião fazer grande bem a todo o Povo de Deus

A Cultor de Livros acaba de publicar, em tradução nossa, Dominus vobiscum, de São Pedro Damião. No mesmo livro, vem uma série de textos que, elaborados pelo Pe. Bruno Rossi e por nós, tratam da beleza e da grandeza da Eucaristia.

Na primeira aba (“orelha”) da obra, lemos que “São Pedro Damião (1007-1072) nasceu em Ravena, na Itália. Abraçou a vida monástica por volta de 1035 e viveu como eremita em Fonte Avellana, onde, após alguns anos de pregação, o abade o declarou seu sucessor. Em seu governo, a comunidade aumentou e Pedro fundou mais cinco mosteiros semelhantes. Depois, o Papa Estevão IX sagrou-lhe bispo de Óstia, afastando-o da vida eremítica. Era conhecido como um dos melhores latinistas do seu tempo e um dos maiores escritores da Idade Média latina. Foi canonizado e declarado Doutor da Igreja pelo Papa Leão XII em 1828”. Portanto, um grande santo!

Na obra Dominus vobiscum, notamos a eclesialidade do santo doutor ao ver, com o apóstolo Paulo, a Igreja como o Corpo Místico de Cristo prolongado na história (cf. 1Cor 12,12-21; Cl 1,24). Por isso, importa – com o Papa Bento XVI – recordar o que São Pedro Damião ensina: “‘A Igreja de Cristo está unida pelo vínculo da caridade a ponto que, dado que é una em muitos membros, assim é toda misticamente em cada membro; desta forma toda a Igreja universal se denominava justamente única Esposa de Cristo no singular, e cada alma eleita, pelo mistério sacramental, é considerada plenamente Igreja’. É importante isto: não só que a inteira Igreja universal esteja unida, mas em cada um de nós deveria estar presente a Igreja na sua totalidade. Assim o serviço do indivíduo torna-se ‘expressão da universalidade’ (Ep 28,9-23)” (Audiência Geral, 09/09/2009). Daí o seu modo de conceber Dominus vobiscum.

Com efeito, aí, ele aborda, a pedido de terceiros, uma questão aparentemente simples, mas muito profunda. Trata-se do seguinte: Um eremita sacerdote, ao celebrar a sós a Missa, deve responder a si mesmo às palavras “O Senhor esteja convosco” [Dominus vobiscum] ou não? – O santo, doutor da Igreja, responde que sim, pois “o solitário representa a Igreja; a Igreja subsiste na pessoa do eremita” (VV. AA. Como água da fonte. São Paulo: Loyola, 2009, p. 121). São recomendações do santo: “Cada irmão vivendo solitário em uma cela não tema pronunciar as palavras próprias de uma assembleia eclesial. Ainda que o espaço o separe da comunidade dos fiéis, a unidade da fé o vincula a todos por meio da caridade: corporalmente não participam, mas, na realidade, estão ali graças ao mistério da unidade da Igreja” (p. 57). Importa notar que este ensinamento do monge camaldolense do século XI está em plena sintonia com a doutrina exposta por Pio XII sobre a Igreja (cf. Mystici Corporis Christi, 1943) e por São Paulo VI sobre a Missa (cf. Mysterium fidei, 1965, n. 32-33). O escrito de São Pedro Damião se conclui com um belo louvor à vida eremítica ou solitária (cf. p. 58-66).

Na segunda parte do livro, o Pe. Bruno Roberto Rossi, que ocupa as funções de pároco, juiz auditor adjunto do Tribunal Eclesiástico da Diocese de Amparo e chanceler do Bispado, e o autor deste artigo – com o sincero desejo de semear o conhecimento e, por conseguinte, despertar uma participação maior e mais frutuosa na santíssima Eucaristia – trazemos, em linguagem acessível, as bases bíblicas, teológicas, canônicas e pastorais da santa Missa (cf. p. 69-107). De brinde, vem, em Apêndice, um texto sobre São Romualdo de Ravena e a Congregação Camaldolense da Ordem de São Bento que São Pedro Damião foi membro em Fonte Avellana (cf. p. 111-113).

Possa esta bela e profunda obra de São Pedro Damião fazer grande bem a todo o Povo de Deus. Ajude-nos a ver e, por consequência, a participar da Santa Missa como o maior culto de louvor ao Senhor sobre a terra.

Mais informações aqui.

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