A morte da rainha Elizabeth II marcou o fim de uma era. E ainda é interessante ler que, ao final dos seus 96 anos, a fé era o que dominava os seus pensamentos.
Em um artigo recente no Daily Mail, o Reverendo Iain Greenshields, que era moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia na época do falecimento de Elizabeth II, compartilhou seus pensamentos e conversas com a monarca nos dias anteriores à morte dela.
Como é habitual, ele foi convidado a Balmoral – a casa da rainha na Escócia – para passar alguns dias com ela no verão.
O reverendo compartilhou que em seu tempo com Elizabeth II, apesar de sua fragilidade, ela ainda era perspicaz e discutia coisas que lhe eram caras, principalmente em relação à sua fé, bem como a de seu pai, o rei George VI.
Disse o reverendo:
"Seria muito normal que um moderador falasse sobre assuntos de fé, mas eu fiquei muito interessado em saber o quanto ela queria falar sobre a sua própria fé… Ela também mencionou o seu pai – George VI – e a grande influência que a fé dele teve sobre ela.”
Focada na fé
Ao refletir sobre o tempo que passou com a soberana, o reverendo escocês partilhou: “Quando ela morreu, pensei na minha mãe e em como ela também tinha falado sobre a fé pouco antes de morrer e que normalmente nunca o faria”.
“Então, eu me pergunto se as pessoas, mesmo inconscientemente, estão se preparando para o fim. Também é muito comum quando as pessoas estão morrendo ter vontade de refletir sobre seus pais, como fez a rainha”, argumentou Greenshields.
Ele também compartilhou que em uma de suas conversas a rainha, ela mencionou um líder religioso americano que também teve uma grande influência sobre ela, embora ela nunca tenha dito seu nome. O reverendo presumiu que pode ter sido Billy Graham, já que ela o havia conhecido anteriormente.
A profunda fé da rainha Elizabeth é conhecida por muitos e foi a base do seu reinado, como ela declarou nos seus votos no dia da coroação. E apesar de todas as suas joias e castelos, um livro de orações compilado por Geoffrey Fisher, que era Arcebispo de Canterbury na época da sua coroação em 1953, era um dos seus bens mais preciosos.
Aqueles que assistiram ao funeral da rainha na Capela de São Jorge, em Windsor , devem se lembrar do momento comovente em que os trajes da monarca foram retirados de seu caixão, para que ela pudesse voltar a ser uma simples alma cristã - e não há dúvida de que foi assim que ela teria feito.