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Patriarca católico de Jerusalém se oferece em troca de crianças raptadas pelo Hamas

Cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca católico latino de Jerusalém

Cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca católico latino de Jerusalém

Francisco Vêneto - publicado em 17/10/23
O cardeal Pierbattista Pizzaballa declarou "disponibilidade absoluta" para se sacrificar pela soltura dos menores que estão nas garras do grupo terrorista que tem revelado selvageria equiparável à do Estado Islâmico

Nesta segunda-feira, 16 de outubro, o exército de Israel confirmou que há pelo menos 199 reféns israelenses nas garras do Hamas, grupo que a ONU e dezenas de países, entre os quais o Brasil, não reconhecem como terrorista.

Alheias aos malabarismos ideológicos, há crianças entre os sequestrados.

Os próprios terroristas, explicitando esta sua condição à revelia dos que tentam driblá-la, divulgaram vídeo, nessa mesma tarde, afirmando que o total de reféns em seu poder é de 200 a 250 pessoas. Com histórico de usar o próprio povo palestino como escudo humano, o Hamas afirmou que vai matar os reféns em represália a contra-ataques israelenses na Faixa de Gaza.

Este é o contexto em que o cardeal Pierbattista Pizzaballa, o patriarca católico latino de Jerusalém, declarou a sua "disponibilidade absoluta" para se oferecer em troca da soltura das crianças reféns do grupo terrorista - que tem revelado selvageria idêntica à do também famigerado Estado Islâmico.

Em entrevista por videoconferência, o cardeal foi diretamente questionado sobre a sua disposição a trocar de lugar com as crianças sequestradas. E respondeu sem meias palavras:

"Se eu estou disposto a uma troca? Qualquer coisa, se isso libertar e trouxer essas crianças de volta para casa. Sem problema. A minha disponibilidade é absoluta".

O patriarca, cuja jurisdição se estende aos católicos de rito latino em Israel, Jordânia, Chipre e territórios palestinos, também informou não ter tido contato com o Hamas desde o ataque perpetrado pelo grupo terrorista no último dia 7.

Pizzaballa convocou para esta terça, 17, um dia de oração e jejum pela paz e pela reconciliação na Terra Santa. Ele pede que, na medida do possível, os católicos façam adoração eucarística e rezem o terço por essa intenção.

"Não podemos permitir que a morte e o seu aguilhão (1 Cor 15,55) sejam a única palavra que ouvimos. É por isso que sentimos a necessidade de orar, de voltar o nosso coração a Deus, o Pai. Só assim podemos obter a força e a serenidade para viver este período, recorrendo a Ele em oração de intercessão, de súplica e também de clamor".

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