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Papa Francisco lançará autobiografia à luz dos grandes fatos da história nas últimas décadas

POPE URBI ET ORBI

Cerimônia histórica de 27 de março de 2020, quando o Papa Francisco deu a bênção Urbi et Orbi ao agravar-se a pandemia de covid-19 no planeta

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Francisco Vêneto - publicado em 08/11/23
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"Ao chegarmos a certa idade, é importante, inclusive para nós mesmos, reabrir o livro das memórias e olhar para as lembranças"

O Papa Francisco publicará no primeiro semestre de 2024 um novo livro de memórias autobiográficas, a ser lançado primeiramente na Itália, Portugal, Espanha, França, Alemanha, Polônia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, México, Brasil e outros países da América do Sul ainda não confirmados.

O anúncio foi feito nesta terça-feira, 7 de novembro, pela assessoria de imprensa do Vaticano e pela editora norte-americana HarperCollins, responsável pela publicação.

Intitulado "Life. A minha história na História", o livro contará memórias da vida de Jorge Mario Bergoglio entrelaçadas com os grandes fatos da história mundial ao longo das últimas décadas, desde a Segunda Guerra Mundial, que eclodiu em 1939 quando o futuro papa tinha quase 3 anos de idade, até o presente.

A obra abordará temas de profunda repercussão nesse período, como a luta pró-vida, as desigualdades sociais, a discriminação racial, as guerras, o armamento nuclear e a crise climática. Os contextos históricos serão relatados pelo vaticanista italiano Fabio Marchese Ragona, do grupo Mediaset.

Discernimento antes que seja tarde demais

Sobre a publicação, o Papa Francisco declarou:

"Contamos a história da minha vida por meio dos eventos mais importantes e dramáticos que a humanidade vivenciou nos últimos oitenta anos. É um volume que vem à luz para que especialmente a geração mais jovem possa ouvir a voz de um homem idoso e refletir sobre o que o nosso planeta viveu, para não repetir os erros do passado".

Francisco acrescenta:

"Ao chegarmos a certa idade, é importante, inclusive para nós mesmos, reabrir o livro das memórias e olhar para as lembranças: aprender olhando para trás, encontrar as coisas que não são boas, as coisas tóxicas que vivenciamos, junto com os pecados que cometemos, mas também reviver tudo o que Deus nos enviou de bom. É um exercício de discernimento que todos nós deveríamos fazer, antes que seja tarde demais".

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