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Bispos dos EUA: “ameaça do aborto é prioridade máxima”

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Francisco Vêneto - publicado em 17/11/23
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O aborto "ataca diretamente os nossos irmãos e irmãs mais vulneráveis e sem voz, destruindo mais de um milhão de vidas por ano só no nosso país", reafirma o episcopado norte-americano

Os bispos dos Estados Unidos aprovaram nesta semana, por 225 votos a favor, 11 contrários e 7 abstenções, um novo texto introdutório para o guia "Formando Consciências para uma Cidadania Fiel". A votação foi realizada durante a assembleia anual de outono do episcopado norte-americano, ocorrida em Baltimore.

A nova introdução inclui referências explícitas à eutanásia, ao terrorismo, à pena de morte, ao tráfico de pessoas e à violência armada, qualificando-as como "outras ameaças graves à vida e à dignidade da pessoa humana". A mais devastadora dessas ameaças, porém, é apresentada com plena clareza: o aborto.

O texto afirma:

"A ameaça do aborto continua a ser a nossa prioridade máxima, porque ataca diretamente os nossos irmãos e irmãs mais vulneráveis e sem voz, destruindo mais de um milhão de vidas por ano só no nosso país".

A nova introdução aborda ainda a "redefinição do casamento e do gênero", descrita como "uma ameaça à dignidade da pessoa humana".

Dom William Lori, arcebispo de Baltimore e vice-presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, destacou:

"Somos chamados a nos solidarizar radicalmente com as mulheres que vivem gestações difíceis e com os seus filhos nascituros, assim como a oferecer a elas o tipo de apoio, serviços e políticas públicas de que precisam. Portanto, não é questão somente de política pública. É uma questão profundamente pastoral, de amar as mães necessitadas, de caminhar com elas, de ajudá-las a terem os seus bebês e, depois, fornecer-lhes o necessário para a vida. Numa cultura de tanta morte e tanto desrespeito pela vida, nós, bispos, e como família católica, família católica unida, precisamos nos manter unidos".

O arcebispo também recordou o propósito do guia cidadão, que traz subsídios para os eleitores analisarem a fundo os candidatos aos quais confiarão os seus votos para os cargos de governo:

"Não é simplesmente perguntar: ‘Quem é o meu candidato favorito? De qual eu gosto? Qual é o meu tipo de ideologia?’. Mas sim dar um passo a mais e perguntar: ‘O que diz a minha Igreja? O que diz a nossa tradição sobre a ordem pública e o que é bom, verdadeiro, correto e justo?'”.

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