A Assessoria de Imprensa do Vaticano informou que, nesta quarta-feira, 22, o Papa Francisco "se encontrará, em momentos distintos, com um grupo de parentes de israelenses mantidos como reféns em Gaza e com um grupo de parentes de palestinos que sofrem com o conflito em Gaza".
O pontífice tem se pronunciado reiteradamente em favor das vítimas de ambos os lados do conflito, pedindo a libertação das pessoas sequestradas pelos terroristas do Hamas e também a preservação da vida dos civis palestinos afetados pelo contra-ataque israelense na Faixa de Gaza. Em especial, Francisco e a Santa Sé têm manifestado preocupação com os hospitais atingidos na região.
Durante entrevista no último dia 17, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado vaticano, recordou que o direito internacional determina que os hospitais sejam preservados em tempos de guerra. De fato, a Convenção de Genebra, firmada em 1949, proíbe ataques contra hospitais civis e, desde julho de 1951, Israel está entre os Estados que assinaram esse compromisso.
Os hospitais "devem ser salvaguardados por todos; ninguém deve usá-los para seus próprios fins e ninguém deve atacá-los", afirmou Parolin, fazendo alusão direta ao hospital Al Shifa, que escondia uma parte da vasta de rede de túneis cavados pelo Hamas com objetivos terroristas e, por isso, atacado por Israel. O cardeal também explicitou seu apoio ao Egito e ao Catar no esforço desses países para fornecer combustível aos hospitais de Gaza.
O secretário de Estado reiterou o pedido do Papa Francisco de que o Hamas liberte as pessoas sequestradas durante os ataques de 7 de outubro e confirmou que o pontífice receberá, no Vaticano, familiares desses reféns, assim como palestinos que sofrem com a guerra.