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Mulher em idade fértil, valor adicional para as empresas

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Cadena Cope - publicado em 04/11/14
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A gravidez não compromete a produtividade da empresa. Muito pelo contrário. Pessoas realizadas, tranquilas e felizes trabalham muito melhor
Enquanto hoje existem empresas que exortam as trabalhadoras a congelarem os próprios óvulos ou que demitem mulheres que querem engravidar, há outras que apoiam as gestantes ou futuras gestantes, tendo retorno em produtividade.

A Fundação "Mais Família" desenvolveu um modelo de gestão e apoio à maternidade aplicado a mais de 400 empresas na Espanha e no mundo, que recebeu reconhecimento até das Nações Unidas. 

Rafael Fuertes, diretor da Fundação, afirma que as "empresas que dedicam dinheiro a ajudar os próprios trabalhadores recebem um retorno muito elevado, porque acabam sendo empresas muito mais produtivas”. É uma maravilha, diz, “ver empreendedores responsáveis que não somente cuidam do meio ambiente, mas cuidam também daquilo que tem mais valor, ou seja, os próprios trabalhadores”.

A demissão de mulheres grávidas ou que pretendem engravidar não se adapta a empresas como Wolters Klwer. São beneficiados os 900 trabalhadores da empresa, sendo mais de 52% mulheres, muitas em postos de alta responsabilidade.

Carmen Valdés, responsável dos Recursos Humanos da companhia, assegura que as mulheres são "acompanhadas no decorrer de suas trajetórias profissionais para que possam continuar a crescer profissionalmente com tranquilidade". 

Esta empresa de soluções tecnológicas para profissionais pode oferecer aos próprios funcionários o teletrabalho, favorecendo muito o período de gestão e pós-gestação. Uma medida que não se limita às mulheres, mas também aos pais, oferecendo, por exemplo, dias livres para ir ao médico com as crianças ou outros tipos de licença mais específicas. Carmen tem a ideia bem clara de que a gravidez não é uma doença e nem precisa comprometer a produtividade da empresa. Muito pelo contrário. Pessoas realizadas, tranquilas e felizes trabalham muito melhor.

“Os filhos são um bem da sociedade no seu conjunto, e sobre isso se baseia a nossa responsabilidade. Se para nós está tudo bem, creio que outras empresas poderiam facilmente fazer o mesmo”, diz a gerente.

Mesmo pequenas e médias empresas podem implementar programas assim. Francisco Rodríguez Roa é o diretor do Grupo La Paz, uma empresa de seguros e serviços de Huelva (Espanha). Para ele a atitude é “Sim à vida, sim à maternidade da mulher sem esquecer a tarefa do marido”. A defesa da vida e da maternidade “não deve se realizar somente no âmbito da política, porque cada cidadão tem a própria responsabilidade”. Por isso Francisco, como pequeno empreendedor com 40 empregados, onde mais da metade são mulheres, é consciente de que a plena realização da mulher como mãe traz para ela as “virtudes que retornam em benefício da empresa”. 

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