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A carta-testemunho arrepiante do assassino de Santa Maria Goretti aos 80 anos

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Reportagem local - publicado em 24/07/19
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"Estou próximo de concluir minha jornada. Olhando meu passado, trilhei um falso caminho. Aqueles que lerem esta carta, que escapem do caminho do mal"

Quando Maria Goretti era apenas uma menina italiana de 11 anos de idade, já amava a Deus tão intensamente que estava decidida a Lhe devotar a sua pureza de modo a pertencer somente a Ele. Entretanto, um vizinho da família, Alessandro Serenelli, de 20 anos, a desejava com tanta cegueira passional que, tendo sido rejeitado diversas vezes, tentou estuprá-la. Resistindo corajosamente apesar do pânico, a menina lhe afirmou que morreria, mas não trairia a sua pureza dedicada a Deus. Alessandro, enfurecido, lhe desferiu nada menos que onze facadas.

Antes de morrer, mártir da pureza e da fé, a pequena grande Maria Goretti declarou que o perdoava, mesmo ele não estando arrependido.

Passaram-se muitas décadas até o surgimento da carta que o leitor terá a chance de ler logo abaixo. Alessandro tinha quase 80 anos de idade quando a escreveu, entre a dor do remorso, a reflexão sobre o seu crime, a tentativa de conversão, a esperança no perdão. Foi na cadeia que ele começou a trilhar o longo caminho da conversão. Nesta carta, ele diz esperar que os que a vierem a lê-la escapem a tempo do caminho do mal e sigam sempre o do bem.

Sua conversão o levou a viver como leigo capuchinho, servindo no convento como porteiro e trabalhador no campo. Ele manteve a vida de oração e penitência que tinha começado a desenvolver na cadeia. A mãe de Santa Maria Goretti, dona Assunta, perdoou o assassino arrependido de sua jovem filha e, com muito mais do que palavras, testemunhou esse perdão acolhendo-o como a um membro da sua própria família. Alessandro rezava frequentemente pela intercessão da mártir Santa Maria Goretti e declarava que foi o perdão dela que lhe abriu o caminho da salvação.

Sua carta, perto do final desta vida, é emocionante:

Arrependimento transformado em música

Imaginando a experiência pessoal de maldade, vergonha, arrependimento e conversão vivida por Alessandro Serenelli, o sacerdote alemão pe. Albert Gutberlet compôs a seguinte e belíssima canção, voltada a inspirar os jovens a buscarem o amor verdadeiro:

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