Simples, breve e profunda, essa prece foi ensinada aos pastorinhos pelo Anjo que lhes apareceu em 1916, ainda antes das aparições de MariaSão Francisco Marto, junto com sua irmã Santa Jacinta e sua prima Lúcia, foi um dos três pastorinhos portugueses que testemunharam em Fátima as aparições do Anjo, em 1916, e de Nossa Senhora, em 1917.
Neste mês, completaram-se 101 anos da partida de São Francisco Marto para o Abraço Eterno do Pai: ele tinha apenas 10 anos de idade (faltavam pouco mais de dois meses para completar os 11) quando, às 10 horas da noite de 4 de abril de 1919, ele faleceu em Aljustrel, na casa da sua família, confirmando o que a Virgem Maria tinha lhe confiado: ele morreria muito jovem. Francisco tinha adoecido no final de 1918, contagiado pela devastadora gripe pneumônica, a trágica epidemia que passou para a História como “a gripe espanhola” e que causou a morte de assombrosos milhões de pessoas em grande parte do planeta.
Dois dias antes de partir, em 2 de abril, Francisco tinha se confessado e recebido a Comunhão pela última vez, “com grande lucidez e piedade”. Quem escreveu esse testemunho foi o pároco de Fátima no Livro de Óbitos, ao registar a morte do pequeno em 4 de abril. “E confirmou que tinha visto uma Senhora na Cova da Iria e Valinho”, acrescentou o sacerdote.
Um pequeno grande contemplativo
Em seu diário, a Irmã Lúcia contava sobre o primo:
“Francisco era silencioso; e para orar e oferecer seus sacrifícios a Deus, gostava de ocultar-se, inclusive de Jacinta e de mim. ‘Gosto de orar a sós para pensar e consolar Nosso Senhor que está tão triste’. Francisco suportou muitos sacrifícios, feitos também de longos jejuns”.
Na sua causa de beatificação e canonização foi sempre destacada entre as suas virtudes a profunda vida contemplativa, particularmente impactante no caso de uma criança.
Os testemunhos de quem o conheceu relatam que a sua oração favorita era aquela ensinada pelo Anjo no dia em que lhe apareceu:
“Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”.
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