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Buscou a Deus no ocultismo, mas achou-O na confissão e no câncer

Busca de Deus
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Opus Dei - Reportagem local - publicado em 03/12/20
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“Com 22 anos, tinha perdido a fé, mas andava à procura de Deus”, conta MiguelBuscou a Deus no ocultismo, mas achou-O na confissão e no câncer. Este é apenas um resumo pobre, mas serve ao menos como introdução para a trajetória de Miguel e da sua procura por Deus.

Português de 40 anos, esposo e pai de família, ele publicou o seu depoimento no site do Opus Dei, confessando que procurava Deus nos lugares errados e compartilhando como foi que O encontrou.

“Sou o Miguel, de Sobral de Monte Agraço e tenho 40 anos. Nasci numa família normalíssima com mais dois irmãos. Agradeço a educação que recebi: sempre me souberam exigir nos momentos certos”.

A paixão pelos cavalos o levou à França para trabalhar com cavaleiro e aprender mais a respeito. A prática religiosa já tinha sido abandonada fazia tempo: “saídas à noite quase diárias com diferentes amigos do mundo dos cavalos (…) Tive várias namoradas e tinha a convicção clara de que nunca me iria comprometer com o casamento. Com 22 anos, tinha perdido a fé”.

Miguel, porém, ressalva:

“Mas andava à procura de Deus”.

Buscou a Deus no ocultismo…

Nessa procura, passou a consultar uma astróloga “médium”, porque ela era reconhecida como alguém que ajudava muitas pessoas.

“Entre muitas sugestões que me deu, uma delas surpreendeu-me: ir à missa durante nove dias seguidos”.

E ele foi. No entanto, alguém um dia lhe fez uma observação:

“As bruxas mandam-te ir à missa, mas nunca te vão falar de confissão”.

…mas achou-O na confissão

A ideia lhe deu voltas na cabeça até certo ponto, mas ele não foi atrás de confessor nenhum.

“Um dia, em meados de 2011, a convite do primo daquela que é hoje minha esposa (Maria), fui almoçar com o Pe. Hugo. Aquela conversa com um sacerdote teve enorme impacto em mim. Naquele encontro pedi-lhe imediatamente para me confessar. Perdi uma ‘tonelada’ naquela confissão. Percebi também que, até então, tinha vivido no escuro”.

Com a conversão, também a relação com Maria fortaleceu-se: “e sentia, já antes de me converter, que a Maria seria a pessoa com quem estaria até ao resto da minha vida. E Deus confirmou-me que era essa a minha vocação”.

O casal tem hoje três filhos.

Perseverar na conversão, porém, não é fácil.

“Passado o fulgor inicial, comecei a sentir que não avançava como devia: o peso da minha vida passada e as tendências que lutavam contra o meu desejo de uma vida diferente – muitas delas mal conseguia detectar – não me deixavam melhorar. Era para mim claro que precisava de apoio”.

Miguel deu início então a um percurso de formação católica no Opus Dei, prelazia que incentiva a praticar a santificação em meio às atividades normais do dia-a-dia, em particular na realização do próprio trabalho como meio de colaborar com Deus para a salvação das almas.

O câncer

Em 2019, porém, um novo desafio se desenhou: um mieloma múltiplo, espécie de câncer no sangue, para o qual ainda não exite cura.

“O que me ocorreu logo foi que, se Jesus se entregou e morreu por mim, por que não hei-de eu padecer por Ele? Seguramente isto seria para meu bem, para a minha salvação e da minha família. Então não fiquei nunca com medo, nem desesperado nem tão pouco revoltado”.

Miguel afirma que a sua vida ganhou novo valor com a experiência da doença e do sofrimento: “unia-me como nunca a Jesus, podia rezar e oferecer tudo isso por todos os que amo, pela Igreja e pela obra”.

Em maio de 2020, durante a pandemia de covid-19, Miguel ficou internado no Instituto Português de Oncologia (IPO), em Lisboa, sem poder receber visitas. No entanto, conheceu ali “uma pessoa muito especial que me ajudou muito: o Pe. Custódio, capelão do IPO”.

Comungava, assim, diariamente, além de contar com o apoio de Maria, de toda a família, dos amigos e dos companheiros de fé.

“As muitíssimas pessoas que rezaram por mim foram e são o meu suporte, tal como a nossa queridíssima Mãe, Maria Santíssima”.

Miguel encerra seu testemunho declarando a sua felicidade e lançando uma pergunta sobre a natureza dessa felicidade:

“Chegar a um tão difícil desafio da vida e poder dizer que sou feliz, profundamente feliz, não tem explicação. O que poderá ser senão a graça de Deus?”



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