Gosto de ler e reler as passagens do Evangelho que mostram Pedro ao lado de Jesus. Fico imaginando a cena: o simples pescador que deixou tudo para trás em nome do amor a Deus.
Nestas passagens podemos ver uma pessoa comum, cheia de defeitos e qualidades. Muito parecida com qualquer um de nós.
Pedro foi chamado a ser pescador de homens. Assumiu a missão dada por Cristo.
Mas não foi fácil. Teve momentos de fraqueza, quando quis andar sobre as águas junto com Jesus. Quando sentiu os ventos fortes, teve medo e começou a afundar. Foi salvo por Jesus, que o pegou pela mão (Mateus 14, 22-33).
Pedro também quis saber de Jesus quantas vezes deveria perdoar o irmão que pecasse. E tentou por um limite (até sete vezes). Mas aprendeu que para o amor de Deus, deveria perdoar até setenta vezes sete (Mateus 18, 21-22).
Acompanhou Jesus várias vezes, quando o mestre se afastava para rezar. E no monte Tabor, viu a Glória do Filho de Deus (Mateus 17, 1-13).
Quando Jesus foi preso, Pedro usou a espada e cortou a orelha de um dos guardas (João 18, 1-11).
E momentos depois, quando Jesus estava preso com os sumos sacerdotes, negou por três vezes que o conhecia (Lucas 22, 54-62).
Apesar de todas essas situações, Jesus sabia que poderia contar com ele para a implantação do Reino de Deus. Tanto que declarou que aquele humilde pescador seria a pedra sobre a qual seria erguida a Sua Igreja.
Pedro não foi escolhido porque era um homem perfeito, sem defeitos. Foi escolhido porque amou. Soube reconhecer Jesus como o Filho de Deus Vivo.
Somos todos convidados por Deus para viver este amor e esta missão assumida por Pedro, que é a de levar os ensinamentos do Criador a todas as nações.
E, assim como o apóstolo, temos nossos defeitos e nossas limitações, mas podemos realizar o plano de Deus se nos colocarmos em Suas mãos, se nos entregarmos ao Seu amor e confiarmos que Ele vai agir através de cada um de nós.