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Síndrome de Burnout ‘viraliza’ na pandemia: conheça os sintomas

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Octavio Messias - publicado em 26/08/21
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Condição associada ao excesso de trabalho está vinculada a outros problemas de saúde mental como depressão, ansiedade e pânico

Com o distanciamento social e o trabalho em home-office impostos a muitos pela pandemia do coronavírus, uma escalada de casos da síndrome de burnout, problema de saúde mental relacionado ao excesso de trabalho, tem preocupado especialistas. O transtorno, incluído em 2019 na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS), pode desencadear de maneira psicossomática doenças como hipertensão, gastrite, dermatite, psoríase e alcoolismo. 

Segundo uma pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz, que entrevistou trabalhadores essenciais do Brasil e da Espanha durante a pandemia, 47,3% deles passaram a apresentar sintomas de ansiedade e depressão a partir do isolamento social. Mais da metade deles (27,4% do total) sofre das duas condições (ansiedade e depressão, que estão associadas) ao mesmo tempo. Outros dados alarmantes são referentes ao abuso de álcool (44,3%) e a variações nos hábitos de sono (42,9%). De todos os entrevistados, 30,9% foram diagnosticados ou trataram de doenças mentais no ano anterior. 

Em tempos normais, a Síndrome de Burnout, ou do esgotamento profissional, é causada pelo excesso de trabalho. No entanto, pela escassez de momentos de lazer e relaxamento, o que tem sido comum durante a pandemia, mesmo menos horas trabalhadas, especialmente em frente ao computador, têm surtido o mesmo efeito, sintomas como: 

Quando você tenta dar cabo das tarefas, mas sente estafa mental ou até mesmo um esgotamento de energia. 

Quando o trabalho ou outros fatores associados a ele passam a despertar ansiedade, medo, tristeza, negativismo ou cinismo. Um distanciamento mental e afetivo das suas tarefas. 

Quando você não consegue mais cumprir os prazos ou realizar as mesmas tarefas, com a mesma eficiência, que costumava desempenhar. 

Isolamento 

Tristeza

Pessimismo 

Baixa autoestima

Apatia e desesperança

Excesso de irritabilidade

Falta de prazer em atividades que gostava de desempenhar 

Distúrbios do sono

Dores musculares e de cabeça

Oscilações de humor

Falhas de memória

Dificuldade de concentração

Queda do sistema imunológico e maior suscetibilidade a doenças 

Falta de apetite

Agressividade

O primeiro passo para superar essa condição é tentar se distanciar o máximo possível do trabalho sem que isso traga prejuízos profissionais ou financeiros. E intercalar suas responsabilidades com pausas regulares, além de desempenhar atividades prazerosas, como caminhadas, viagens e socialização (ainda que por Zoom ou algum outro dispositivo). Prática de esportes, oração e meditação também ajudam a aliviar. Não deixe de manter uma alimentação equilibrada e estar sempre bem hidratado. Mais importante, talvez, seja não se cobrar tanto e respeitar os próprios limites. Se a situação estiver crítica e nada disso adiantar, deve-se procurar auxílio de um psicólogo ou psiquiatra. 

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