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10 dicas para criar filhos agradecidos – em vez de resmungões

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Kathleen M. Berchelmann, MD - publicado em 27/08/21
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Criar filhos mais felizes com base na gratidão é mais simples do que parece

O ser humano tende, naturalmente, a ser materialista e egoísta – e isto também inclui as crianças. No entanto, temos o livre arbítrio e a capacidade de nos remodelar: nessa tarefa da vida toda, a gratidão é uma base sólida e efetiva para sermos melhores – e felizes!

Como ensinar a gratidão às crianças? Dez dicas:

As surpresas ajudam as crianças a ver as coisas como um presente, não como um direito. Quando temos muitas opções, queremos sempre saber se não haveria alguma opção melhor. Exemplo: discussão sobre onde passar as férias: cada um tem uma ideia “melhor” que o outro e ninguém fica feliz com decisão nenhuma. Dê um fim a essa conversa. Cerca de uma semana depois, anuncie uma grande surpresa: “Vamos conhecer o parque nacional X!”. Mostre seu plano de camping no parque nacional e entusiasme-os! (Se você não gosta de camping nem do campo, troque por uma praia ou pelo destino que achar melhor para a sua família).

Arrume tempo, todos os dias, para falar de pessoas, fatos e coisas que despertam a sua gratidão. Pode ser durante o jantar, antes de dormir ou enquanto você dirige o carro. Pergunte aos seus filhos: “Qual foi a melhor parte do seu dia?”. Para os filhos mais crescidos, tente manter um “diário de gratidão”: peça para eles dizerem o nome de cinco pessoas, fatos ou coisas pelas quais se sentem gratos. Eles vão desenvolver uma visão mais positiva da vida!

Há muitas histórias de família que falam de dificuldades e de perseverança: seus pais, avós, bisavós certamente passaram por desafios que vale a pena contar aos seus filhos. Você não sabe muito do passado da sua família? Então leve as crianças para visitar algum local histórico que lembre episódios de luta e sacrifício pelo bem do país e do povo. Vocês vão voltar para casa mais agradecidos.

É claro que é ótimo para as crianças participar de ações de caridade organizadas por grupos da comunidade, mas esses eventos só acontecem algumas vezes por ano e vocês raramente se encontram com as pessoas que são beneficiadas. Que tal pensar em alguém que faça parte da sua vida de todos os dias e a quem os seus filhos possam ajudar regularmente, mesmo que essa pessoa não precise de caridade? Por exemplo, uma vizinha idosa que pode ficar feliz em receber visitas ou alguma ajuda na casa?

Diga aos seus filhos, várias vezes por dia, que "a atitude é uma escolha". Manter uma atitude positiva pode ser a regra número 1 em casa: é um esforço diário para combater as lamentações, as caras feias e as reclamações, focando sempre no positivo. Até as frases mais corriqueiras podem ser formuladas de maneira mais positiva: "Estou com sede", por exemplo, pode virar "Vamos tomar um refresco juntos?".

Ensine as crianças a agradecer explicitando o motivo da gratidão: “Papai, obrigada pelo jantar”; “Mamãe, obrigado por me levar para a escola”. Incentive-os a agradecer aos professores pelas aulas, aos treinadores pelo futebol ou pela natação, aos garçons pelo serviço. E dê exemplo: quantas vezes por dia você mesmo diz "obrigado"? Você já disse aos seus filhos, hoje, quais são as coisas pelas quais se sente agradecido?

Até os menorzinhos podem comprar presentes para os outros: leve-os a uma loja de 1,99 e peça que eles escolham presentes para alguns amiguinhos, mas sem comprarem nada para si mesmos. É difícil! Mas é um belo aprendizado.

Pode ser difícil achar tempo para que eles façam tarefas domésticas, mas se eles nunca ajudarem a fazer nada em casa, simplesmente não vão entender o que significa administrar um lar: vão achar que a roupa limpa brota nas gavetas e que os pratos se lavam sozinhos. Distribua pequenas tarefas apropriadas para cada idade, mesmo que seja apenas durante 5 a 10 minutos por dia. Algumas tarefas mais longas podem ficar para o fim de semana, como ajudar em algum trabalho de jardinagem, na limpeza do banheiro ou na troca da roupa de cama.

Confiar algumas responsabilidades às crianças mais velhas em relação às mais novas vai ajudá-las a desenvolver uma atitude de gratidão para com os pais. As crianças em idade escolar podem ler livrinhos para as crianças pequenas ou ajudá-las a se vestir, por exemplo. Além do senso de responsabilidade, os seus filhos mais velhos vão ganhar autoconfiança – sem falar que a relação que eles vão construindo com os irmãos mais novos tenderá a durar a vida toda!

Eles têm muitos brinquedos? Que tal presentear a eles uma matrícula em aulas de música, ou uma inscrição num torneio de futebol, ou uma viagem de acampamento? Esses presentes incentivam os relacionamentos em vez do materialismo.

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