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Novo modelo de chefe: o profissional emocionalmente maduro

BUSINESS PEOPLE WORKING TOGETHER
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Octavio Messias - publicado em 02/09/21
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Inovações em liderança empresarial apontam para gestores tranquilos, que saibam lidar com a pressão 

Nós, seres humanos, mamíferos, dotados de um sistema límbico e filhos de Deus, somos biologicamente programados para sentir o tempo todo. Afeto, medo, raiva, tristeza e alegria são emoções primárias que garantiram a nossa sobrevivência enquanto espécie. São elas que dão sentido às nossas vidas, que norteiam nossas ações.

Desde 1893, quando o pai da psicanálise, Sigmund Freud, publicou um estudo com a paciente Ana O., a partir da qual diagnosticou a histeria, sabe-se que não é saudável reprimir emoções e que elas podem desencadear os mais variados problemas de saúde. O que não significa que devemos demonstrar o tempo todo como estamos nos sentindo. 

As emoções podem e devem ser percebidas, mas em vez de extravasar ao próprio capricho, precisam ser administradas. Saber lidar com elas é o segredo para conviver com uma ou várias pessoas. As emoções são engatilhadas por aspectos completamente pessoais, a partir do sistema de valores em que fomos criados, das nossas expectativas individuais naquele momento, se estamos com fome ou até se dormimos mal à noite. Tudo isso influencia e a síntese orienta nosso senso de propósito e nossas tomadas de decisão. 

E justamente por termos um humor tão sujeito a variáveis, é importante conseguir identificar as emoções no momento em que elas surgem, em vez de reprimir ou fingir que não estão lá. Sempre que se vir em um impasse com alguém, procurar entender o que é seu e o que é o do outro. 

Claro que isso exige autoconhecimento, paciência e atenção, mas torna-se uma ferramenta indispensável para perceber que a maneira como você está se sentindo muitas vezes pode ditar como todos no seu entorno passam a se sentir. A alegria é contagiante, mas a mágoa, o rancor, a raiva e o medo também são. 

Tanto que as mais recentes inovações em liderança empresarial apontam para um modelo de chefe tranquilo, sereno, que sabe lidar com as próprias emoções mesmo sob pressão. Esse é o tipo de líder que inspira confiança, que cativa respeito e dá espaço para que uma equipe se desenvolva.  É um adulto responsável.  

O mundo dos negócios hoje pede adultos responsáveis, como são chamados profissionais emocionalmente maduros, firmes em seus propósitos, que assumem total responsabilidade pelos próprios erros. 

O adulto responsável não quer impor seu humor nem culpar os outros pelos seus fracassos. O adulto responsável entende como ele é parte da solução, mas também reconhece quando é parte do problema. O adulto responsável sabe otimizar suas emoções de maneira produtiva e construtiva. O adulto responsável entende que o mundo não gira ao seu redor. 

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