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Fundação pontifícia denuncia estratégia da China para coibir a religião

Regime comunista chinês
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Reportagem local - publicado em 10/09/21
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China vive hoje "a mais séria repressão desde a Revolução Cultural", afirma relatório da fundação Ajuda à Igreja que Sofre

A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS ou ACN, pela sigla em inglês adotada internacionalmente) noticiou a nova estratégia da China para coibir a religião: o regime comunista chinês está oferecendo "recompensa" a quem denunciar "atividades cristãs" consideradas ilegais, visando impor ainda mais limites à liberdade de crença e de culto.

Segundo matéria publicada pelo jornal China Christian Daily, a fundação pontifícia explicou que o sistema de recompensas entrou em vigor recentemente e oferece até mil yuans, ou cerca de 130 euros, a quem fizer essas denúncias por carta, telefone ou e-mail.

O sistema alega que pretende coibir a infiltração ilegal de estrangeiros no país, mas também facilita o acesso das autoridades comunistas a "atividades transregionais não autorizadas, pregação e distribuição de obras religiosas impressas e produtos audiovisuais fora dos locais de culto, doações não autorizadas ou reuniões em casas particulares".

A fundação Ajuda à Igreja que Sofre recorda ainda que, segundo os dados apresentados em seu mais recente relatório sobre a situação da liberdade religiosa no mundo, a China vive hoje "a mais séria repressão desde a Revolução Cultural". No relatório, publicado em abril deste ano, a ACN afirma:

"A política é mais centralizada, a repressão é mais intensa e generalizada e a tecnologia está sendo aperfeiçoada para a criação de um Estado de vigilância. Sob a atual liderança de Xi Jinping, as perspectivas para a liberdade religiosa e os direitos humanos em geral estão se tornando cada vez mais frágeis".

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