O Papa Francisco elogiou o Papa Emérito Bento XVI durante a cerimônia de entrega do Prêmio Ratzinger 2021, realizada no último sábado, 13 de novembro, na Sala São Clemente do Palácio Apostólico do Vaticano.
Após uma breve apresentação das personalidades homenageadas e das suas respectivas obras, o Papa Francisco entregou os prêmios tanto da edição 2020 quanto 2021, dado que a entrega no ano anterior não havia sido possível devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19:
Prêmios 2020:
Prêmios 2021:
Depois da entrega dos prêmios, o Papa agradeceu aos participantes pela presença e observou que, a partir do reconhecimento prestado à teóloga Tracey Rowland, da Austrália, o prêmio agora já foi entregue a personalidades de todos os cinco continentes.
Francisco destacou a relevância do Prêmio Ratzinger por condecorar o mérito cultural de estudiosos e artistas e estabelecer "um vínculo, uma relação fecunda pela presença e pelo serviço da Igreja no mundo da cultura". Ele exemplificou essa "parceria" da Igreja com a academia, a ciência e as artes recordando a obra de filósofos e teólogos contemporâneos como Edith Stein (Santa Teresa Benedita da Cruz), Paul Ricoeur, Henri de Lubac, Romano Guardini e o próprio Joseph Ratzinger, a quem Francisco descreveu como "um teólogo capaz de abrir e alimentar a sua reflexão e o seu diálogo cultural em todas estas direções juntas, porque a fé e a Igreja vivem em nosso tempo e são amigas de toda busca pela verdade".
O Papa reinante acrescentou que o Emérito "nos acompanha com a oração, mantendo o seu olhar voltado continuamente ao horizonte de Deus. Basta olhar para ele para perceber isto".
Francisco ainda agradeceu a Bento XVI pelo seu "exemplo de dedicação apaixonada ao estudo, à pesquisa, à comunicação escrita e oral; ele sempre uniu plena e harmoniosamente a sua pesquisa cultural com a sua fé e o seu serviço à Igreja". Por isso, completou Francisco, o Papa Emérito Bento XVI nos lega um "testemunho pessoal de constante procura pela face do Senhor".
Por fim, o Papa Francisco evocou o lema de Bento XVI, "Cooperatores Veritatis" (Cooperadores da Verdade), explicando que se trata do "fio condutor das diferentes etapas da sua vida", caracterizando o seu pontificado como "um magistério luminoso", marcado por "um amor infalível pela Verdade".