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Como proteger seu filho da pornografia?

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Jim Schroeder - publicado em 16/02/22
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Um terapeuta que trabalha com crianças e famílias revela as 3 atitudes que pais e mães devem ter para proteger os filhos

Hoje, nos Estados Unidos, os lucros da pornografia superam os da ABC, CBS e NBC juntos. As estimativas são de que a pornografia seja uma indústria de 12 bilhões de dólares. Uma em cada cinco pesquisas feitas em dispositivos móveis é por pornografia. Desde 2016, 17 Estados americanos introduziram resoluções declarando a pornografia como uma crise de saúde pública.

Enquanto nas décadas anteriores, as principais ameaças eram revistas, fitas e opções ao vivo para sexualidade distorcida, a internet e os dispositivos móveis tornaram o acesso à pornografia a apenas um clique de distância.

Como psicólogo infantil, tenho atendido cada vez mais jovens que reconhecem que a pornografia impactou negativamente suas vidas.

Riscos

Ao discutir várias maneiras de reduzir o risco de pornografia, é imperativo primeiro abordar o que muitas vezes ouço de pais bem-intencionados, mas exasperados, sobre esse tópico. É mais ou menos assim: “Eu realmente não quero que meu filho ou filha seja exposto a material ilícito, mas provavelmente vai acontecer de qualquer maneira, então por que tentar o que é impossível?”

Embora compreensível, minha resposta é esta: embora as chances de nossos jovens serem expostos à pornografia em algum momento de suas vidas sejam altas, há uma enorme diferença no desenvolvimento neurológico e psicológico quando se trata da frequência, intensidade e duração pela qual alguém está exposto.

Em outras palavras, a exposição incidental em momentos diferentes, embora ainda triste e potencialmente prejudicial, não tem o potencial de risco como exposição repetida e intensa quando se trata de resultados a longo prazo. É fundamental que os pais reconheçam essa diferença.

Quero me concentrar brevemente nas 3 atitudes necessárias para proteger seus filhos da pornografia.

1. Questão tecnológica

As ferramentas tecnológicas de proteção não substituem as outros tipos de proteção, mas oferecem opções para reduzir o risco, pelo menos enquanto nossos filhos permanecem em casa.

É preciso proteger os filhos no uso de celular e internet. Por exemplo, o Verizon Smart Family permite que os pais desliguem os recursos da internet e até mesmo mensagens de texto/chamadas, mesmo quando o Wi-Fi está disponível, além de ter um filtro de conteúdo.

Já o Covenant Eyes é um filtro de internet que pode bloquear sites ilícitos, monitorar dispositivos para pesquisas e enviar relatórios de atividade aos pais. Embora não sejam perfeitas, essas ferramentas fornecem uma salvaguarda básica razoável.

Além dessas ferramentas, é fundamental que os pais nunca forneçam senhas aos seus filhos, o que pode permitir a compra de conteúdo ilícito.

Nos EUA, a Lei de Proteção à Privacidade Online das Crianças (COPPRA) proíbe que crianças menores de 13 anos forneçam informações privadas. E muitos sites de mídia social não permitem que pré-adolescentes usem suas plataformas. Assim, os pais devem estar cientes dos mecanismos para proteger seus filhos.

Os pais também devem conhecer os aplicativos e sites para onde as crianças estão cada vez mais indo, alguns dos quais permitem que entre material explícito nos dispositivos.

Além disso, se os pais não estão cientes dos servidores proxy e da dark web, é fundamental se educar sobre ameaças terríveis, mas reais, que existem na internet.

Finalmente, deve-se notar que a maior ameaça de todas para a exposição à pornografia envolve dar dispositivos aos filhos quando eles simplesmente não estão intelectual e neurologicamente preparados para essa enorme responsabilidade.

2. Questão do ambiente

Grande parte da exposição pornográfica que ocorre não é aleatória por natureza. Embora a visualização incidental possa acontecer a qualquer momento, os jovens que passam tempo com dispositivos fora de um local público correm maior risco.

Ter um dispositivo, especialmente um smartphone pessoal, no quarto à noite tem se mostrado como um fator tentador para o uso de pornografia. Como tenho ouvido de adolescentes, foi esse cenário em particular pelo qual ele consumiu a maior parte do material pornográfico.

Os pais que levam a sério a limitação do uso de pornografia também devem levar a sério onde os dispositivos podem estar em sua casa.

Além disso, também ficou claro que o uso de “pornografia suave” é uma porta de entrada para uma exposição mais grave e danosa. Por “pornografia suave” quero dizer TV, filmes e vídeos/fotos que retratam cenas sexualmente sugestivas.

Assim como o uso precoce de álcool, as crianças que têm permissão dos pais para visualizar esse tipo de conteúdo estão mais propensas a procurar pornografia no futuro. Quando os jovens veem que os pais aprovam implicitamente esse material, é mais provável que vejam a pornografia como conteúdo aceitável.

3. Questão cognitiva

Finalmente, e talvez o mais importante, são as maneiras pelas quais cultivamos as atitudes de nossos jovens sobre o corpo humano e a sexualidade.

Para começar, é fundamental que, à medida que nossos filhos crescem, o corpo e a sexualidade sejam vistos como dons que exigem o respeito e a dignidade que devidamente merecem. O fracasso em reconhecer essa realidade prepara o terreno para uma visão distorcida pela qual o corpo e a sexualidade são vistos como mercadorias a serem consumidas, e não bênçãos a serem preservadas.

No entanto, além de promover uma atitude respeito e dignidade, é igualmente importante que nossos jovens reconheçam como nós, como pais, somos os primeiros a testemunhar isso. Estou convencido de que as crianças que veem pais dignos e respeitosos recebem a melhor defesa contra a busca por pornografia.

Esta não é uma justificativa para a busca pornográfica, mas acredito que seja um fator importante a considerar. No final,

Nada é melhor do que o testemunho de amor verdadeiro, digno, fiel e respeitoso entre marido e mulher. Nesse caminho, pouco a pouco, as crianças se desenvolverão e terão como os pais como modelo de relacionamento entre homem e mulher.

A pornografia é uma questão complicada e séria que simplesmente não podemos ignorar. Infelizmente, distorce a realidade e causa graves danos. Assim, a forma como lidamos como esse problema é realmente uma urgência.

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