A Coreia do Norte executou um grupo de cristãos clandestinos em uma região do país na qual foi perpetrada uma "varredura massiva" de fiéis, denunciou nesta semana a ONG Portas Abertas (Open Doors), que monitora a perseguição contra os cristãos no mundo.
Segundo reportagem do jornal brasileiro Gazeta do Povo, a região não foi identificada por motivos de segurança, mas fontes ligadas à Portas Abertas informaram que dezenas de cristãos estavam reunidos para um culto clandestino quando o local foi invadido por guardas do regime comunista ateu que governa o país com níveis brutais de repressão. Todos foram presos e executados.
A denúncia divugada pela ONG acrescenta que até os familiares dos cristãos executados, cerca de 100 pessoas, foram capturados e presos, o que significa que passarão a sobreviver em condições sub-humanas, como é comum nos presídios e campos de concentração mantidos pela ditadura norte-coreana.
Estas prisões e execuções refletem a recente promulgação da assim chamada Lei do Pensamento Anti-Reacionário, que impõe drásticos castigos aos indivíduos e grupos que divulgam produtos ou meramente ideias consideradas "estrangeiras". Após essa lei, a perseguição estatal, que já era intensa, piorou ainda mais, dificultando ao máximo os eventos religiosos que a população organizava clandestinamente.
Na Coreia do Norte, a religião é estritamente proibida. Em contrapartida, os cidadãos são forçados a praticamente "adorar" o ditador e seus antepassados, conforme você confere nesta matéria.
O país ocupou durante 20 anos o topo do ranking dos piores países do planeta para os cristãos. No ranking deste ano, porém, a Coreia do Norte ficou em segundo lugar: o pior país passou a ser o Afeganistão. Não é que a situação norte-coreana tenha melhorado: pelo contrário, ela piorou, mas a situação afegã conseguiu piorar mais ainda.